Os 15,5% de reajuste anual para planos de saúde individuais e familiares, anunciados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quinta-feira (26), são o maior percentual desde 2000, início da série histórica do órgão. Com a medida, os boletos de oito milhões de beneficiários, ou 16,3% dos 49,1 milhões de consumidores de planos de assistência médica no país, ficarão mais caros na data de aniversário dos contratos.
Em nota, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) criticou o reajuste. Assinado por Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde da entidade, o texto diz que o aumento “vem em momento de intensa dificuldade econômica, com o aumento dos preços de alimentos, serviços e do custo de vida em geral da população”.
“Com o bolso mais vazio, as pessoas se veem em um cenário preocupante de endividamento e, sobretudo, de vulnerabilidade”, prossegue a nota. “Causa espanto um percentual tão elevado, considerando que nos últimos anos os lucros aumentaram, com entrada de consumidores no mercado durante a pandemia.”