Antes fortemente aquecida, a economia brasileira esfriou este ano, mas o cenário de longo prazo continua incandescente.
O investimento estrangeiro no Brasil pode chegar a US$ 60 bilhões este ano, quase o triplo do valor de dez anos atrás. A maior parte desse dinheiro é investimento estrangeiro direto, mas uma fatia tem fluído para os mercados financeiros, onde há várias oportunidades.
Alguns mais otimistas com o Brasil têm comprado dívida de empresas locais, que rendem entre 6% e 10%, ante 3% dos títulos soberanos do país. “Os títulos [de dívida corporativa] ainda são atraentes”, diz Michael Conelius, administrador de carteira do T. Rowe Price Emerging Markets Bond Fund. “Quando se leva em conta todos os fatores, o Brasil ainda é a melhor oportunidade de investimento no nível empresarial. A qualidade da administração, os balanços sólidos, os recursos naturais e a demografia positiva são os melhores dos mercados emergentes.”
O Brasil tem desafios reais que não podem ser contornados facilmente. O Citigroup nota que a desaceleração recente na produção industrial pode levar o banco a reduzir sua previsão de crescimento do PIB de 3,3% este ano.
Alguns investidores, como Rich Bernstein, do Eaton Vance Richard Bernstein Equity Fund, acham que o Brasil e outros mercados emergentes estão às voltas com uma nova bolha de crédito, que começou a estourar. “O Banco Central do Brasil se rendeu [à redução dos juros]”, diz Bernstein, que administra mais de US$ 650 milhões.
Fonte: Valor Econômico