De acordo com a análise da instituição, as elevações dos rendimentos do trabalho aconteceram, em parte, pela política de valorização do salário mínimo, implementada desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, a valorização também foi incentivada pelas políticas de inclusão social implementadas ao longo dos últimos 13 anos. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 46,7 milhões de brasileiros têm rendimento com base no salário mínimo. Atualmente, o mínimo de R$ 788 equivale a 2,22 cestas básicas.
Na análise por região, o aumento médio anual das remunerações foi maior no Nordeste, 5,1%, seguido pelo Centro-Oeste, 4,3%; Norte, 3,7%, Sul, 3,5% e Sudeste, 3,1%. No País, o rendimento da população ocupada com remuneração de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o salário mínimo. No corte por região, o aumento foi de 60%, no Sudeste; 56%, no Centro-Oeste; 49%, no Sul; 48%, no Nordeste e 36%, no Norte.
O salário mínimo é corrigido pela variação da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do ano anterior, e pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O modelo de correção foi estabelecido pela Lei 12.382/2011, cuja validade é até 2015.
História
Durante os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) o salário mínimo passou de R$ 100 para R$ 200, um crescimento nominal de 100%. No entanto, o aumento real neste período foi de apenas 21,89%, descontada a inflação. Entre os anos 1999 e 2002, além de não aumentar, o salário mínimo perdeu valor: -4,32% e -1,42%, respectivamente.
Ao assumir o governo, em 2003, Lula reajustou o salário mínimo de R$ 200 para R$ 240. Ao deixar o governo, em 2010, o valor do mínimo era de R$ 510. Um aumento nominal de 155% e real de 53,6%, descontada a inflação do período.
Agência PT, com informações do PT na Câmara