Polícia paulista de Alckmin prende ex-senador Eduardo Suplicy

Polícia paulista de Alckmin prende ex-senador Eduardo Suplicy

Um conflito com hora e data marcada para acontecer, igualzinho ao ocorrido em 2012 na desocupação forçada de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), que teve toda sorte de violência. No enredo, no papel principal, só os cassetetes e a tradicional violência da polícia militar do governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin. Nesta segunda-feira (25) o cenário foi uma área ocupada por 350 famílias há três anos, na Cidade Educandário, local que fica na zona oeste da capital paulista, próximo da Rodovia Raposo Tavares. Tiros, gritaria e revolta marcaram o enfrentamento de quem quer moradia e daqueles que querem reintegrar um terreno esquecido e abandonado há anos.
 
O ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que esteve nos momentos mais críticos da reintegração de posse de Pinheirinho, também esteve hoje na Cidade Educandário, para negociar, buscar uma saída para inúmeras famílias. Mas em vão seu esforço. Suplicy foi preso e o clima ficou pior assim que a Polícia Militar de Alckmin, tão violenta quando a PM do governador do Paraná, Beto Richa, igualmente tucano, atirou contra os moradores e uma criança foi atingida por uma bomba de gás lacrimogênio.
 
O crime cometido por Suplicy foi deitar-se no chão e ter protestado contra a violência. Mas ele, atrapalhando a PM, foi retirado à força por policiais, preso e levado para a 75º Delegacia de Polícia, que fica no Jardim Arpoador, ali nas redondezas. Em seu facebook, Suplicy afirmou que “a truculência da Polícia Militar do governo Alckmin é inaceitável. Se fazem isso com um ex-senador da República, imagine o que sofre a população que tanto precisa de apoio”. Disse tudo o ex-senador.
 
Os moradores protestam desde o início da madrugada. Nos dias anteriores foi a mesma coisa. Os moradores fizeram barricadas, atearam fogo em pneus e, revoltados contra a violência, tentaram queimar um ônibus. É bom lembrar que a área pertence à prefeitura de São Paulo e, de acordo com a decisão da Justiça, emitida pela 9ª Câmara de Direito Público, o local apresenta alto risco de deslizamento, por ser região de encostas. Para a Defesa Civil, as construções ali edificadas são precárias. “Há ainda muito lixo e entulho no local, bem como árvores queimadas e visível dano ambiental”, segundo avaliação da Defesa Civil.
 
Com informações da Agência Brasil e Brasil 247

To top