“Temos uma condução política acertada que nos permite obter resultados positivos ou estáveis, que podem, certamente com a continuidade dessas ações, manter o país avançando no sentido de continuar diminuindo a pobreza e fazendo distribuição de renda”, colocou. O petista ressaltou que a melhora na qualidade de vida do brasileiro tem sido possível a partir da estabilidade de crescimento da economia, do controle da inflação e da distribuição de renda.
O parlamentar destacou os dados da Pnad que apontam que 438 mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos deixaram de trabalhar entre 2012 e 2013. Desse total, 24 mil tinham entre 5 e 9 anos. O índice mais expressivo, no entanto, foi entre os que têm 14 e 17 anos: cerca de 362 mil brasileiros que superaram essa condição, das quais 225 mil são das regiões Nordeste e Sudeste. O Norte do país foi onde houve maior redução do trabalho infantil, de 9,6% para 8,2%, seguida do Sul, onde o índice caiu de 10,4% para 9,1%.
Ainda relativo à infância, o senador ressaltou o crescimento do número de alunos na escola. Esse índice chegou a 81,2% entre as crianças entre 4 e 5 anos no ano passado, superando os 78,1% obtidos em 2012. Já a taxa na faixa etária de 6 a 14 anos, que corresponde ao ensino fundamental, o percentual chegou a 98,4%. Segundo a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, o aumento dessas taxas pode estar relacionado ao fato de que mais mulheres estão entrando no mercado de trabalho.
Em relação ao analfabetismo entre as pessoas a partir de 15 anos de idade, a taxa caiu de 8,7% em 2012 para 8,3% no ano passado e em todas as regiões do país. No Norte e no Nordeste, a queda foi ainda mais acentuada. “O que temos, com esses dados, é a certeza de que é preciso manter o compromisso com a educação e com a permanência das crianças na escola”, disse Aníbal. Porém, ele lembrou que o total de analfabetos na região Nordeste ainda é “muito alto”. Das cerca de 13 milhões de pessoas que não sabem ler e escrever com 15 anos ou mais, sete milhões vivem em estados nordestinos.
Outro dado da pesquisa informou que o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda no Brasil, mantém-se estável há dois anos. Quanto mais próximo de zero for esse indicador, melhor. Em 2013, esse valor foi de 0,5 ante os 0,499 de 2012. A avaliação é que o resultado deve-se ao aumento de rendimento de 6,3% entre os 10% mais ricos, enquanto o ganho foi de 3,5% entre os 10% mais pobres.
Em relação ao rendimento médio dos trabalhadores em 2013, houve crescimento de 5,7% na comparação com 2012, subindo de R$1.590 para R$1.681. O Amazonas foi o estado que teve o maior aumento da renda, 12,8%, atingindo R$1.455.
A Pnad é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, no levantamento relativo a 2013, ouviu 362.555 pessoas em 1.100 municípios.
Carlos Mota