Rodrigo Janot: “os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do pedido de investigação das contas da presidenta Dilma Rousseff. Janot criticou a “inconveniência” da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral de se tornarem “protagonistas exagerados” da democracia que, segundo ele, deve ter como atores principais os candidatos e eleitores.
O parecer foi uma resposta ao pedido de apuração feito pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Os fatos apontados por Mendes, entendeu Janot, não apresentam “consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”.
Segundo o procurador, “não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”.
A manifestação de Janot pelo arquivamento não foi bem digerida por Mendes, que partiu para o ataque evidenciando que o clima de polarização política contaminou o Judiciário.
“Continuo convencido da necessidade da investigação diante da relevância dos fatos, independente da questão eleitoral. (…) O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria-Geral da República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”, disse Gilmar.
Em resposta às ofensas de Gilmar, o MPF divulgou nota afirmando que o parecer do procurador “foi estritamente técnico” e que continua avaliando outras representações sobre a campanha de Dilma Rousseff. O órgão enfatizou, mais uma vez, que “os fatos narrados não trazem indícios de que os serviços não tenham sido prestados pela gráfica, nem apontam majoração artificial de preços”.
Com informações do Portal Vermelho e das agências de notícias
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