A definição dada pela presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cujo discurso abriu oficialmente o 7º Congresso Nacional do partido na noite desta sexta (19) em São Paulo, é certeira: “ Lula é o outro nome do PT. Lula é o outro nome da esperança”.
E é sob tamanha responsabilidade, moldada sob o mais desastroso cenário político implantado por Jair Bolsonaro, que a maior legenda progressista da América Latina dá início à sua renovação – com a luta pela liberdade do ex-presidente e a ampliação aguda da mobilização popular para barrar os retrocessos em andamento como bandeiras mais urgentes.
A abertura do Congresso, que se desdobrará em várias etapas até o o grande evento nacional nos dias 22, 23 e 24 de novembro, já deu mostras claras da postura que o partido irá adotar daqui em diante: de olhos no futuro, mas sem esquecer do imenso legado deixado ao longo de quase quatro décadas.
Nas palavras de Fernando Haddad, “nós nunca vivemos um período tão desafiador. Desde os 1980, ano em que o PT foi fundado, nunca tivemos nada parecido com este governo Bolsonaro. É um desastre tê-lo como presidente”. Daí a importância, prossegue o ex-ministro da Educação, de se fazer valer o desejo do próprio Lula para que o partido seja o catalisador das mobilizações contra a retirada de direitos antes sagrados do povo brasileiro.
Porque se há um partido que possua todos os elementos para materializar os anseios da população, não há dúvidas de que se trata do Partido dos Trabalhadores. É o que pensa o presidente da CUT, Vagner Freitas, um dos personagens primordiais no combate ao desgoverno neoliberal que tomou de assalto o país. “O PT tem liderança, militância e trajetória. Os trabalhadores e trabalhadoras se sentem representados pelo partido. O PT é o maior instrumento de luta da classe trabalhadora”, enaltece o líder sindical.
O significado de luta, por sinal, José Genoino conhece com perfeição e vê a sétima edição do congresso como a mais desafiadora de todas. “Estou tomado e possuído por muita emoção. Eu aprendi na vida a não separar a política da emoção, da paixão (…) Lula representa a geração de homens e mulheres que fizeram um pacto: ao se filiar ao partido, todos tomam uma decisão que é uma concepção de vida que só tem sentido se estiver ao lado do povo”.