“A liderança que o Brasil constrói e que tem o respeito de outros países, seus governantes e sociedades, é uma liderança baseada no exemplo, na autoridade moral de uma nação que, em poucos anos, conseguiu resgatar mais de 60 milhões de pessoas da pobreza, a única nação emergente que cresce com distribuição de renda e redução das desigualdades”, disse.
E prosseguiu: “Este é o Brasil que nos orgulha, que eleva a nossa autoestima, que renova a esperança de superar o estigma da pobreza e no qual o fato de termos uma Presidenta da República apontada entre as mulheres mais poderosas do mundo, por uma das mais respeitadas publicações internacionais, é só mais um motivo de alegria, entre tantos outros”.
A senadora também destacou que o reconhecimento ao papel da presidenta ainda é mais relevante, se levarmos em conta que “a emancipação feminina, a luta das mulheres pelo direito ao voto, à participação política, ao acesso mercado de trabalho, as mobilizações por direitos trabalhistas, previdenciários, reprodutivos, são ainda recentes na história do nosso País”.
Giselle Chassot
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Sr. Presidente, Senador Mozarildo Cavalcanti, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, venho a esta tribuna nesta tarde para registrar um ranking da revista Forbes, revista americana, publicada nesta quarta-feira, que coloca a nossa Presidente da República, a Presidenta Dilma Rousseff, como a terceira mulher mais poderosa do mundo, ao lado da Chanceler alemã, Angela Merkel, e da Secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Por que isso é importante, Sr. Presidente? É, na verdade o reconhecimento do papel que o Brasil representa no concerto das nações, onde o nosso País cresce em importância e amplia sua liderança em todos os continentes. Liderança que não se expressa pela força, não se expressa pelo poder econômico ou militar.
A liderança que o Brasil constrói e que tem o respeito de outros países, seus governantes e sociedades, é uma liderança baseada no exemplo, na autoridade moral de uma nação que, em poucos anos, conseguiu resgatar mais de 60 milhões de pessoas da pobreza, a única nação emergente que cresce com distribuição de renda e redução das desigualdades.
Este é o Brasil que nos orgulha, que eleva a nossa autoestima, que renova a esperança de superar o estigma da pobreza e no qual o fato de termos uma Presidenta da República apontada entre as mulheres mais poderosas do mundo, por uma das mais respeitadas publicações internacionais, é só mais um motivo de alegria, entre tantos outros.
Como muito bem expressou Moira Forbes, presidenta da editora ForbesWoman, que publicou a lista nesta quarta-feira, “o ranking das mulheres mais poderosas do mundo reflete os caminhos diversos e dinâmicos em direção ao poder para as mulheres hoje, seja liderando uma nação ou definindo a pauta de questões críticas da nossa época”.
Nem precisamos lembrar, Sr. Presidente, que a emancipação feminina, a luta das mulheres pelo direito ao voto, à participação política, ao acesso mercado de trabalho, as mobilizações por direitos trabalhistas, previdenciários, reprodutivos, são ainda bem recentes na história do nosso País.
Em muitos países ainda são negados direitos básicos à mulheres, inclusive o direito à vida.
Mesmo nas democracias ocidentais, as mulheres estão à margem de muitos direitos fundamentais.
Por isso, mais do que ter nossa Presidenta citada entre as mulheres mais poderosas do planeta, essa lista merece ser enaltecida por revelar um novo papel feminino no mundo, onde as mulheres se destacam não apenas por sua dedicação às causas sociais e políticas, mas também pelo engajamento na economia, onde assumem cada vez mais postos de destaque e de liderança.
Oito chefes de Estado e 29 presidentes-executivas de grandes grupos empresariais aparecem na lista das cem mulheres mais poderosas do mundo. Além de países como Alemanha, Estados Unidos, Índia, Brasil e Argentina, elas ocupam os principais postos em algumas das maiores empresas do mundo e, juntas, controlam algo em torno de US$30 trilhões.
Entre tantas mulheres em posição de altíssima relevância, de acordo com a revista Forbes, a Presidenta Dilma aparece em destaque na lista porque fez história como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina.
Essa avaliação reforça as bandeiras femininas nesta Casa, ainda mais quando estamos diante de uma reforma política que, no princípio, acenava com a ampliação da participação feminina na política brasileira e, conforme avança, vai suprimindo essas conquistas.
Refiro-me especificamente à proposta, colocada em pauta neste Senado, de paridade entre homens e mulheres nas listas fechadas de votação. Se no início essa proposta parecia consenso, parecia aceitável, hoje já percebemos entre a bancada feminina que a luta terá de ser muito árdua para reproduzir na arena política a mesma proporcionalidade entre homens e mulheres que existe hoje na população brasileira.
O que nos anima é que a experiência bem-sucedida da Presidenta Dilma e de muitas outras mulheres que dedicaram e dedicam suas vidas à política servirá de exemplo para um número cada vez maior de meninas, de moças e de mulheres que querem um mundo melhor, que defendem os seus direitos, que buscam a igualdade de oportunidades. Este é o exemplo para que ingressem nos partidos políticos, para que participem das discussões, interfiram na formação das pautas da sociedade brasileira.
Enquanto as mulheres estiverem sub-representadas nos parlamentos, muito aquém de seu peso real na população, os avanços serão pontuais, tímidos e demorados.
Quero, portanto, Sr. Presidente Senador Mozarildo Cavalcanti, ao mesmo tempo em que registro aqui o fato de a nossa Presidenta da República ser reconhecida internacionalmente como um das mulheres mais poderosas do Planeta, com maior poder político, conclamar também, Senador Paim, as mulheres brasileiras, para que sigam esse exemplo, para que busquem também o empoderamento, exercendo seus direitos, ocupando espaços na política, no mercado de trabalho, ampliando a mobilização em todos os setores, em todas as causas que dizem respeito diretamente às mulheres, mas também às crianças, aos nossos idosos, aos nossos deficientes, às pessoas vulnerabilizadas pela pobreza e pela exclusão social.
Só assim, com a participação de todos, homens e mulheres, em condições de igualdade e de oportunidade, construiremos um País mais justo e solidário para todos.
Eu queria…
… . o fato de a nossa (Intervenção fora do microfone.) Presidenta da República, nossa Presidenta Dilma Rousseff estar no ranking internacional como a terceira mulher mais poderosa do mundo.
Nós esperamos que, com isso, ela tenha todas as condições necessárias de continuar fazendo um trabalho sério, dedicado, para dar continuidade a um trabalho realizado em prol do desenvolvimento econômico e social do nosso País.
Muito obrigada, Senador.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do PT no Senado