As novas medidas e regras de aplicação foram o tema central da reunião do Conselho Político do Governo com a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer, além de ministros de Estado, Guido Mantega (Fazenda), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). A reunião, que aconteceu no Palácio do Planalto, contou ainda com as presenças de líderes partidários.
Presente à reunião, o senador Walter Pinheiro, líder do PT no Senado, acredita que as medidas da equipe econômica são assertivas para ampliar a política de queda de juros, sem gerar fuga de investimentos da renda fixa, que são fundamentais para garantir investimentos do governo.
“A medida vai ajudar a enfrentar a seara de juros. Nada muda nos atuais depósitos da poupança. Na verdade, com a nova política de aplicação, os atuais correntistas podem se considerar premiados porque continuarão com uma aplicação rendendo conforme a remuneração antiga”, disse Pinheiro após o anúncio das medidas.
O critério atual de remuneração – 6,17% ao ano mais variação da Taxa Referencial (TR) – vai ser substituído pela variação da TR mais 70% da Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos. As alterações valerão apenas para os novos depósitos.
Segundo a equipe econômica, os correntistas podem ficar tranquilos, pois nada afeta a aplicação da poupança até hoje, e os demais direitos dos aplicadores – como isenção de Imposto de Renda, possibilidade de resgate a qualquer momento e garantia dos depósitos até R$ 70 mil, em caso de quebra do banco – foram mantidos.
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