A caderneta de poupança fechou o mês passado com captação líquida de 6,262 bilhões de reais, informou o Banco Central nesta quarta-feira (06/06), recorde para maio na série histórica, com início em 1995.
Somente no dia 31 de maio, segundo os dados do BC, a aplicação registrou entradas líquidas de 2,012 bilhões de reais, um dia depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir a Selic de 9 para 8,50 por cento ao ano, recorde de baixa e levou à mudanças nas regras de remuneração da poupança.
No início de maio, o governo alterou o rendimento da caderneta conforme o patamar da taxa básica de juros: quando a Selic estiver igual ou inferior a 8,50 por cento ao ano, a remuneração da caderneta é de 70 por cento desse valor mais a Taxa Referencial (TR).
Acima desse patamar de juros, o rendimento volta a ser o antigo, de 0,50 por cento ao mês mais a TR. O governo mudou as regras da poupança para abrir mais espaço a novos cortes da Selic que, cada vez menor, deixava a remuneração da poupança melhor do que parte dos ativos de renda fixa. Isso é ruim para o governo, entre outros, porque poderia tirar a atratividade de seus títulos atrelados à Selic sobre grandes investidores, que poderiam migrar para a poupança.
No acumulado do ano, ainda segundo o BC, a captação da poupança está positiva em 10,170 bilhões de reais, melhor desempenho para os primeiros cinco meses do ano também de acordo com a série histórica do BC. O resultado supera o recorde anterior de 2010, quando a diferença de depósitos e retiradas foi positiva em 8,063 bilhões de reais.
O saldo total da poupança, no mês passado, estava em 441,722 bilhões de reais.
Agência Reuters