O preconceito ideológico, a ignorância sobre políticas públicas e a falta de sensibilidade social de Jair Bolsonaro vão deixar 60 milhões de brasileiros sem a assistência de 8,5 mil médicos cubanos participantes do programa Mais Médicos, criado em 2013 pelo governo da presidenta Dilma Rousseff.
Em cinco anos de cooperação, mediada pela Organização Panamericana de Saúde, os médicos cubanos fizeram mais de 113 milhões de atendimentos nas localidades mais isoladas e mais pobres do Brasil. Eles atuam em 2.885 municípios são os únicos médicos em 1.575 deles. Trouxeram sua experiência em saúde pública reconhecida internacionalmente. Com este exemplo de solidariedade, criaram laços de confiança e gratidão com o povo brasileiro.
Foi justamente por favorecer o povo que o programa Mais Médicos foi atacado desde o início pelos setores de direita e antipetistas do Brasil e as corporações profissionais mais atrasadas e elitistas. Jair Bolsonaro votou contra o Mais Médicos na Câmara e foi ao Supremo Tribunal Federal contra o programa. Valendo-se de um repertório de mentiras, trata um importante programa social, que salvou incontáveis vidas, como se fosse um negócio entre parceiros ideológicos.
A retórica desrespeitosa e as exigências descabidas de Jair Bolsonaro levaram o governo de Cuba a se retirar do programa Mais Médicos. É uma falácia anunciar que os 8.500 cubanos serão substituídos rapidamente. Em cinco anos de programa, o máximo de brasileiros que atenderam a um edital foi de 3 mil médicos. As consequências vão recair sobre a população, especialmente os mais pobres e mais vulneráveis. A responsabilidade por mais esse desastre social recairá sobre Jair Bolsonaro e sobre os poderosos que o apoiam.
Comissão Executiva Nacional do PT