Com a certificação de 264 novas tecnologias sociais neste ano, a Rede de Tecnologia Social (RTS) passou a oferecer informações sobre 835 projetos bem sucedidos e que têm potencial para serem replicados na promoção do desenvolvimento econômico e social.
A base de dados da RTS, formada em 2004 por entidades federais e da sociedade civil, já ofereceu soluções que foram incorporadas a políticas públicas, como os painéis solares para aquecimento de água do chuveiro, obrigatório nas casas do programa Minha Casa Minha Vida e tecnologias usadas pela agricultura familiar a partir de fomento público, como cisternas, barraginhas e bancos de sementes.
De abril de
As iniciativas são produzidas por organizações não governamentais, estados, municípios e por instituições de pesquisa.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, teve seis tecnologias certificadas neste ano, sendo que uma delas, está entre as finalistas do prêmio oferecido pela Fundação Banco do Brasil (FBB), que contou com 1.116 inscrições em sua sexta edição. A Embrapa Arroz e Feijão, da Região Centro-Oeste, desenvolveu uma nova técnica de controle das voçorocas, que são buracos causados pela erosão no campo. Três técnicas de produção ambientalmente sustentáveis na Amazônia e outra do semiárido nordestino, desenvolvidas pela Embrapa, também foram certificadas.
Banco de dados
O Banco de Tecnologias Sociais, administrado pela FBB, integra soluções que podem ser conhecidas e consultadas por tema, área de atuação, entidade executora, público-alvo, região e estado. Além de explicar qual o problema solucionado, o texto detalha os recursos necessários para implementação.
A capilaridade da FBB é importante para o processo de certificação, pois as entidades são visitadas pelos funcionários das agências do Banco do Brasil, que verificam a veracidade das informações e se ela atende a três critérios: ter resultados comprovados de transformação social, estar sistematizada de forma a permitir a reaplicação por outras comunidades e ter contado com a participação da comunidade.
De acordo com a FBB, todas as entidades estão sendo revisitadas pelo Instituto Pólis, para atualização da base de dados.
Prêmio cria categoria de Tecnologia Social para Erradicação da Pobreza
Em sua sexta edição, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011 terá uma nova categoria, a de Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza. Além das cinco definidas para as cinco macrorregiões do País, a premiação também se dá para as tecnologias que promovam o protagonismo juvenil, a participação da mulher e a gestão de recursos hídricos. Do total de 1.116 inscrições, 530 foram relacionadas ao tema educação, seguidas de geração de renda (192 inscrições), meio ambiente (172 propostas) e saúde (88). Alimentação e Recursos Hídricos concorreram com, respectivamente, 70 e 39 projetos inscritos, enquanto habitação e energia receberam 15 e 10 propostas.
Prêmios
Os nove prêmios serão no valor de R$ 80 mil cada – cinco para as regionais e um para cada categoria especial. Além do dinheiro, serão oferecidos aos vencedores, um vídeo institucional e folders para que as iniciativas possam divulgar seus trabalhos. Concedido a cada dois anos, o prêmio conta com o patrocínio da Petrobras e o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Unesco. Em 2011, todos os entes federados, incluindo o Distrito Federal, tiveram Tecnologias Sociais inscritas no concurso. São Paulo, com 237 inscrições, teve o maior número de projetos inscritos, seguido por Rio Grande do Sul (116), Paraná (111), Minas Gerais (87), Rio de Janeiro (62), Santa Catarina (59) e Bahia (50).