Política que virou referência mundial em nutrição, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) está de volta no governo Lula. Para tratar desta nova etapa do PAA, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, deu entrevista, na manhã dessa quinta-feira, (18/5) ao Jornal PT Brasil. Sabotado anteriormente por Bolsonaro, o PAA retorna para fortalecer e garantir a segurança alimentar e nutricional para o povo brasileiro.
O compromisso de retirar, novamente, o país do Mapa da Fome com a recriação do PAA é premissa para a maior companhia de abastecimento da América Latina, explicou Pretto.
Ele relembrou que a companhia, atualmente com 3.500 servidores, tem uma “importância extraordinária no campo agrícola brasileiro e no enfrentamento à fome”. Também comentou sobre os inúmeros descasos e retrocessos que a Conab enfrentou no governo de Bolsonaro, quando passou por um processo de falência e extinção.
“A Conab é uma companhia com uma expertise técnica muito grande, que tem capilaridade em todos os estados da federação e Distrito Federal (DF), por meio das superintendências. Com os descasos dos últimos anos, foram vendidas 27 unidades armazenadoras. Mesmo assim, a companhia se mantém muito forte e continua fazendo as suas ações e atividades. Se depender da nossa presidência e da orientação do presidente Lula, faremos mais e melhor”.
Safra recorde
Mesmo diante de uma redução na produção de alimentos, promovida pelo governo de Bolsonaro, o presidente da Conab celebrou a projeção recorde da safra de 2023 com 313 milhões de toneladas de grãos e aumento de 15% na fabricação alimentar.
“Temos uma questão urgente que precisamos resolver, mesmo com a supersafra, estamos com redução na produção de alimentos, justamente porque as políticas públicas não incentivaram os pequenos agricultores, assentados na reforma agrária, a produzirem alimentos. Vamos usar todos os instrumentos públicos, que são fundamentais para a Conab retomar a produção de comida com crédito subsidiado e diferente a todos agricultores e agricultoras brasileiras”, disse.