O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, irá ao Senado explicar a política de preços de combustíveis e o plano de atuação da empresa. O convite para o dirigente foi aprovado nesta terça-feira (4) pela Comissão de Infraestrutura (CI) da Casa. A data da audiência, no entanto, ainda será marcada.
Prates, ex-senador pelo PT, já afirmou que descarta manter a atual política de preços adotada pela empresa. Com isso, deve deixar de considerar a Paridade de Preços e Importação (PPI), apesar de ainda manter ainda algum acompanhamento das cotações internacionais. A ideia do presidente é que a Petrobras pratique o preço de mercado no qual estiver atuando.
Segundo ele, o modelo atual favorece os concorrentes da estatal, ao praticar o preço deles. “A Petrobras trabalha com preço de mercado de acordo com o cliente, levando em conta os preços praticados no Brasil. Não preciso necessariamente estar amarrado ao preço do importador, que é o meu principal concorrente”, disse.
“Uma coisa é certa. Sempre que pudermos oferecer preços menores para o consumidor brasileiro, vamos oferecer”, acrescentou.
Mesmo com a política da empresa se mantendo nos moldes antigos, a gestão de Prates já garantiu a queda dos preços médios da gasolina e do etanol por três semanas seguidas nos postos, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já o diesel caiu ainda mais, por seis semanas consecutivas.
Energia renovável
A Comissão de Infraestrutura também aprovou convite para tratar sobre os combustíveis com o diretor geral da ANP, Rodolfo Saboia.
O objetivo será apresentar o plano de atuação da ANP e a relação entre a regulação e a potencial introdução de fontes de energia renovável no país.