O presidente Chile, Sebastián Piñera, criticou as declarações de Jair Bolsonaro (PSL) em apoio às ditaduras militares da América Latina. O mandatário chileno participou de um programa de TV no fim de semana, logo após a visita de Jair, e comentou a placa com a frase – “quem procura osso é cachorro” – que Bolsonaro mantinha na porta do gabinete da Câmara quando era deputado federal, e ironizava à busca de restos mortais de desaparecidos na guerrilha do Araguaia durante aditadura militar.
“São tremendamente infelizes. Não compartilho muito do que Bolsonaro diz sobre o tema”, disse Piñera ao ser questionado, segundo o Poder360. Justamente por conta do apoio de Bolsonaro à tortura e assassinatos, grupos de direitos humanos, estudantes e feministas fizeram manifestações em Santiago para exigir que Bolsonaro deixasse o Chile.
Os protestos duraram os três dias da visita de Jair ao Chile. As primeiras manifestações aconteceram na sexta-feira (22), em um local conhecido como Paseo Bulnes – palco de mobilizações históricas na capital Santiago. Os atos políticos em repúdio à presença do político brasileiro terminaram no domingo (24), às 15h, com o ato Por el Derecho a Vivir en Paz (Pelo Direito a Viver em Paz).