Presidente do Chile homenageia Lula no encerramento da Celac

Muito provavelmente os jornais brasileiros não noticiarão amanhã, em suas reportagens sobre o encerramento Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que se realiza no Chile com a participação de 33 países. (A presidenta Dilma Rousseff também estava em Santiago, a capital do país, mas teve de se ausentar por causa da tragédia de Santa Maria).

Em seu discurso que abriu o último dia de trabalho dos presidentes da República presentes ao encontro, o presidente chileno, Sebastan Piñera, fez questão de ressaltar que a existência do encontro de cúpula entre líderes da América Latina e do Caribe deve-se à persistência de três líderes da região: o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e os ex-presidentes do México, Felipe Calderón, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Piñera sublinhou que “os três Chefes de Estado e de Governo tiveram participação fundamental na criação da Celac, que com sua visão, liderança, tenacidade e compromisso, permitiram ou contribuíram de forma determinante para que hoje possamos estar reunidos nesta Cúpula, em que todos os países da América Latina e do Caribe temos a oportunidade de participar”.

A menção de Piñera teve um endereço claro: a interferência dos Estados Unidos sobre as organizações entre as nações das duas regiões, que resultou na exclusão de Cuba de todas as entidades atuantes, como, por exemplo, a OEA – Organização dos Estados Americanos.

Na mesma cerimônia, Piñera transferiu a presidência da Celac, ao presidente do Conselho de Estado e do Governo de Cuba, Raúl Castro – um acontecimento impossível de se realizar em qualquer organização multilateral das Américas, por causa do bloqueio econômico e diplomático dos Estados Unidos imposto contra Cuba desde 1962.

“A maior parte de nós”, disse ainda o presidente chileno, “tivemos a oportunidade de presenciar pessoalmente a entrega, o compromisso e a dedicação que eles empregaram para dar vida e força a esse processo de convergência política, econômica e social que está jovem nação e esta jovem região puderam desenvolver”.

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