A campanha consiste em iluminar monumentos com luzes amarelas ou colocar balões amarelos em janelas, portas e portarias de prédios comerciais e residenciais. Em Brasília, o Congresso Nacional e o Memorial JK, museu dedicado ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, participam da campanha neste ano.
A ação integra uma estratégia do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) que se estenderá pelos próximos meses. Em outubro, serão lançadas publicações voltadas para os médicos e a população em geral, com informações sobre o perfil de potenciais suicidas, quadros que podem levar ao problema e onde buscar orientação. Por meio da internet, as entidades médicas também mobilizam a categoria a despertar interesse pelo tema.
Outros números
No mundo todo, as taxas de suicídio subiram 60% nos últimos 50 anos e esse aumento foi significativo nos países em desenvolvimento. A maioria dos casos ocorre na Ásia, que reúnem até 60% do total.
O Brasil é o oitavo país em número de suicídios. Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres. Mas esses números podem ser maiores, visto que muitas vezes estes casos são relatados como mortes acidentais.
Por causa do estigma, apenas 60 dos 194 países da OMS coletam dados sobre o fenômeno. Diante dessa realidade, a entidade vai lançar-se em campanha para ajudar governos a desenvolver programas de prevenção e reduzir a taxa em 10% até 2020. Hoje, apenas 28 países têm estratégias nacionais de prevenção.
Em 2006, o Ministério da Saúde publicou uma portaria com as diretrizes do que seria uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio. Entre as medidas previstas estão campanhas para informar e sensibilizar a sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido.
Com agências de notícias