O preço dolarizado da gasolina continua sendo o principal combustível da inflação de dois dígitos de Jair Bolsonaro e seu ministro-banqueiro Paulo Guedes, que ultrapassou a casa dos 12% ao ano na “prévia” anunciada nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril (1,73%), 0,78 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de março (0,95%), é a maior desde fevereiro de 2003 (2,19%). Também é a maior para o mês desde 1995 (1,95%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31% e, em 12 meses, de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses anteriores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%.
O resultado foi determinado pelos transportes (3,43%) e, principalmente, pelo aumento no preço da gasolina (7,51%), que gerou o maior impacto individual do mês (0,48 p.p.), ainda como reflexo do mega reajuste anunciado pela Petrobras em março. E a empresa já anunciou outro aumento, com base na infame política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada por Michel Temer e mantida por Bolsonaro. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%).