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Prévia da inflação mostra que alimentos continuam em alta

Leite longa vida, que já subiu 80% em 2022, está mais caro que a gasolina. A maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas (1,12% e 0,24 p.p.)
Prévia da inflação mostra que alimentos continuam em alta

Foto: Agência PT

A “prévia da inflação” voltou a apresentar recuo em agosto, mas os preços dos alimentos continuam subindo. Divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de -0,73%, contra 0,13% em julho.

Com isso, o indicador acumula alta de 5,02% no ano e de 9,60% em 12 meses, levemente abaixo do limite de dois dígitos. No entanto, o resultado ficou acima das projeções dos analistas do mercado financeiro, pois a mediana das estimativas era queda de 0,84 por cento. A forte e persistente alta dos preços dos alimentos causou essa defasagem. Além disso, ainda houve variações positivas em seis dos nove grupos pesquisados.

No lado das altas, a maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas (1,12% e 0,24 p.p.). Os grupos Saúde e cuidados pessoais e Despesas pessoais subiram 0,81% e contribuíram conjuntamente com 0,18 p.p. para o IPCA-15 de agosto. Os demais grupos ficaram entre 0,08% de Artigos de residência e 0,76% de Vestuário.

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,12%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (14,21%), maior impacto individual positivo no índice do mês (0,14 p.p.). No ano, a variação acumulada do produto chega a 79,79%, superando o preço de um litro de gasolina.

Outros destaques no grupo foram as frutas (2,99%), que também haviam subido em julho (4,03%), o queijo (4,18%) e o frango em pedaços (3,08%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,24%. A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,80%.

A alta em Saúde e cuidados pessoais (0,81%) foi influenciada pelos planos de saúde (1,22%), correspondente à fração mensal do reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em maio para planos novos, o maior da história. Já itens de higiene pessoal aceleraram de 0,67% em julho para 1,03% em agosto.

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