Processo de impeachment está mais perto de uma fraude, afirma Haddad

Processo de impeachment está mais perto de uma fraude, afirma Haddad

Para prefeito de São Paulo, impeachment de Dilma Rousseff foi ‘fraude’ arranjada por partidos que não venceram pelo votoO conteúdo aterrador das conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, mostrou que o processo de impeachment de Dilma nada tem a ver com pedaladas fiscais.  “Com o vazamento dos áudios recentes, vimos que foi uma operação orquestrada”, disse o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), durante o debate “Pela democracia e contra o golpe”, na quinta-feira (2), em São Paulo.

“Houve uma demonização de uma pessoa, como se ao tirá-la, resolvesse tudo. Eu achava que era um casuísmo, mas foi mais do que casuísmo. O que aconteceu está mais perto de uma fraude”, afirmou Haddad.

Ele acredita que a presidenta eleita Dilma” Rousseff foi vítima de um golpe para interromper um processo de transformação social.

Haddad mencionou que um dos problemas da democracia brasileira é a existência de dois pesos e duas medidas, com uma métrica para os partidos de esquerda e outra para os partidos de direita. “Você não se sente tão seguro sendo de esquerda quanto sendo de direita no Brasil (…) O poder estatal não está para todo mundo da mesma forma. Não é uma percepção paranoica, isto é real”, disse.

A maior evidência é a falta de coerência no argumento usado para acusar a presidenta de crime de responsabilidade: “Se vai cassar uma presidenta por pedalada, então cassa os governadores também. Temos que forçar o republicanismo. Vai cassar por pedalada? Então casse todo mundo”.

Ao argumentar, disse que há duas formas de resolver a disputa política atualmente no Brasil, pelo voto ou pela violência. Isto tem explica, segundo ele, a atuação de forças repressivas contra movimentos sociais e militantes da esquerda.

E a maneira como Dilma foi afastada do Executivo reforçou a evidência de que setores de oposição conservadora têm medo da força do voto e, por isso, recorrem à repressão. “Não existe saída intermediária (…) a direita tem problema congênito no Brasil, que é a questão do voto (…) A direita tem medo do voto, por isto a repressão”.

Com Agência PT

 

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