“As declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que tem farta documentação sobre o inquérito que expõe o relacionamento entre parlamentares e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, são a prova mais concreta, de que, daqui para frente, as investigações, paradas há dois anos na Procuradoria, terão finalmente o devido encaminhamento”.
Assim resumiu o líder do PT e da Base de Apoio ao Governo no Senado, Walter Pinheiro, diante da mobilização de senadores e deputados que, nesta segunda-feira, planejam ir à Procuradoria Geral da República para cobrar celeridade na apuração das recentes revelações feitas pela imprensa que comprometem sobremaneira o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Pinheiro lembra que, desde o dia 20 de março passado, o procurador-geral tem em mãos a representação (veja o fac-simile nesta página) apresentada por ele e mais quatro parlamentares pedindo “investigação para averiguar se há indícios de conduta ilícita de membros do Congresso Nacional, que, em tese, poderiam configurar delito sujeito a investigação no âmbito da competência originária do Supremo Tribunal Federal”.
O senador diz, ainda, que tem sido procurado por repórteres de vários órgãos de informação que querem confirmar sua presença na anunciada comitiva de parlamentares que irá ao procurador-geral da República cobrar providências. Ele tem respondido que não pretende participar da comitiva, por acreditar que o procurador geral não necessita de nenhuma forma de pressão para dar seguimento correto ao rito processual que deve ser cumprido, quando há denúncias anunciando improbidades cometidas por parlamentares. “O que nós tínhamos de fazer foi feito. Agimos perfeitamente dentro do que prevê a Lei, pedindo providências ao procurador. Esperamos que, com o encaminhamento legal que a matéria terá na próxima semana, o inquérito seja aberto no Supremo para rigorosa apuração das graves acusações dos últimos dias”, disse Pinheiro, referindo-se ao noticiário que expôs as surpreendentes relações de amizade e de ordem financeira entre Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Cópia da Representação entregue à Procuradoria