Produção industrial avança com destaque para indústria de bens de capital

A produção industrial registrou avanço de 2% comparado com igual mês do ano anterior – a quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. Segundo a pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado do ano, também houve crescimento de 2%. O destaque fica por conta da produção de bens de capital – quando a indústria se preparada para produzir mais – registrando 15,2% em relação a julho do ano passado e com alta de 14,2% no acumulado de 2013. E nos últimos 12 meses, nesse setor, houve aumento de 2,4%.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL POR CATEGORIAS, EM %
 Jul 2013/Jul 2012*Jul 2013/ Jul 2012Acumulado Jan/JulAcumulado 12 meses
Bens de
Capital 
-3,315,214,22,4
Bens
Intermediários 
-0,70,20,4-0,1
Bens de Consumo
Duráveis 
-2,61,81,01,2
Bens de Consumo
Semiduráveis  e Não-duráveis 
-7,2-1,63,93,9
Indústria números gerais-2,02,02,00,6
Fonte IBGE
* com ajuste sazonal 

Comparação julho 2012
Houve predomínio de resultados positivos, pois três das quatro categorias de uso e a maior parte (18) das 27 atividades apontaram crescimento na produção. Entre as atividades, as de refino de petróleo e produção de álcool (10,2%), de veículos automotores (4,3%), de máquinas e equipamentos (5,6%) e de outros equipamentos de transporte (12,8%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria

Houve expansão na fabricação de óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina automotiva e álcool etílico, na primeira, caminhão-trator para reboques e semirreboques e caminhões, na segunda, máquinas e equipamentos para o setor de celulose, empilhadeiras propulsoras, motoniveladores, máquinas para colheita, tratores agrícolas e aparelhos de ar-condicionado, na terceira, e aviões e motocicletas, na última.

Outras contribuições vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (9,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,6%), produtos de metal (5,3%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (14,1%).

Por outro lado, entre as oito atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-9,9%), farmacêutica (-8,4%) e indústrias extrativas (-2,5%), pressionados, em grande parte, pelos itens livros e jornais; medicamentos; e óleos brutos de petróleo e minérios de alumínio, respectivamente.

Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (2,9%), que também avançou acima da média nacional (2,0%), e de bens intermediários (0,2%) também apontaram resultados positivos em julho. Por outro lado, a produção de bens de consumo duráveis, ao recuar 1,6%, foi a única que mostrou queda nesse mês.

O setor produtor de bens de capital, ao crescer 15,2% em julho de 2013, mostrou o sétimo resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo crescimento observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para o avanço de 16,1% assinalado por bens de capital para equipamentos de transporte, impulsionado em grande parte pela maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, aviões, ônibus e reboques e semirreboques.

Os demais resultados positivos foram registrados por bens de capital para fins industriais (13,3%), quarta expansão de dois dígitos consecutiva, para uso misto (5,9%), agrícola (38,4%) e para construção (19,0%), enquanto o grupamento de bens de capital para energia elétrica (-2,6%) apontou a única taxa negativa nesse mês.

O segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao avançar 2,9% no índice mensal de julho de 2013, assinalou o quarto mês seguido de crescimento na produção com destaque para os carburantes (15,2%), impulsionados pelos avanços na fabricação dos itens gasolina automotiva e álcool. Alimentos e bebidas para consumo doméstico cresceu 3,4% e semiduráveis (8,7%).

O setor produtor de bens intermediários, com variação de 0,2% em julho de 2013, apontou a segunda taxa positiva consecutiva no índice mensal. Nesse mês, os destaques positivos foram observados nos produtos associados às atividades de refino de petróleo e produção de álcool (7,1%), produtos de metal (6,4%), minerais não-metálicos (1,3%), borracha e plástico (1,2%) e veículos automotores (0,3%).

No acumulado do ano

A produção de bens de capital é destaque na
pesquisa com avanço maior na fabricação de
equipamentos de transporte

Nos sete primeiros meses de 2013, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 2,0%, com taxas positivas nas quatro categorias de uso, 14 dos 27 ramos, 43 dos 76 subsetores e 50,6% dos 755 produtos investigados. Entre as atividades, a de veículos automotores, que avançou 13,2%, permaneceu exercendo a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionado em grande parte pela expansão na produção da maioria dos produtos pesquisados no setor (aproximadamente 80%), com destaque para a maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, automóveis e veículos para transporte de mercadorias.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de refino de petróleo e produção de álcool (8,9%), máquinas e equipamentos (5,1%), outros equipamentos de transporte (8,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,7%) e borracha e plástico (4,9%).

Foi registrado maior dinamismo para bens de capital (14,2%), com destaque para a maior fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (25,0%). O setor produtor de bens de consumo duráveis (3,9%) também apontou expansão acima da média nacional (2,0%) nos sete primeiros meses do ano, influenciado em grande parte pela maior produção de automóveis (5,4%).

Vale ressaltar que essas duas categorias de uso, além do aumento no ritmo da atividade industrial ao longo desse ano, também foram influenciadas pela baixa base de comparação, uma vez que no período janeiro-julho de 2012 registraram quedas de 12,0% e de 8,4%, respectivamente. Os segmentos de bens intermediários (0,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) apontaram ligeira variação positiva no índice acumulado do ano.

Foto: Paulo Fridman/Bloomberg News

Com informações do IBGE

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