Produção industrial avançou 1,7% nos cinco primeiros meses do ano

Em relação a maio de 2012, a produção de bens de capital avançou 12,5%. E no acumulado do ano, subiu 13,3% - destaque para o transporte.

Produção industrial avançou 1,7% nos cinco primeiros meses do ano

 

Fabricação de caminhão-trator, caminhões,
aviões e veículos para transporte de
mercadorias cresceu 20,2%

Em maio de 2013, já descontadas as influências sazonais, a produção industrial apontou queda de 2,0% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando. No entanto, no índice acumulado nos primeiros cinco meses deste ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 1,7%. E, na comparação com maio de 2012, houve aumento de 1,4%.

Em síntese, revertendo nesse mês o comportamento predominantemente positivo que marcava a indústria nos dois últimos meses, a evolução do índice de média móvel trimestral permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em dezembro último.

Apesar da má vontade de analistas e da imprensa com os índices, é importante ressaltar que, em relação a maio de 2012, a produção de bens de capital avançou 12,5%. Bens de capital são os equipamentos e instalações, são bens ou serviços necessários para a produção de outros bens ou serviços. O bem de capital não é diretamente incorporados no produto final, mas inclui investimentos de médio e longo prazo necessários à produção. Ou seja, indicam que a indústria aposta em aumento da demanda, já que decidiu investir em fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos, e diversas construções que são utilizadas para produzir outros produtos para consumo.

Embora a produção de bens intermediários tenha caído 0,6% no período, a produção de bens de consumo duráveis cresceu 4,1% e a de bens de consumo semi e não duráveis avançou 0,8%.

No acumulado de 2013 até maio, a produção de bens de capital subiu 13,3%, a de bens intermediários cresceu 0,2%, enquanto a de bens de consumo duráveis subiu 4,6%, e a dos bens de consumo semi e não duráveis recuou 1%.

Ao crescer 12,5% em maio de 2013, o setor produtor de bens de capital mostrou o quinto resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo crescimento na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para o avanço de 20,2% assinalado por equipamentos de transporte, impulsionado em grande parte pela maior fabricação dos itens caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, aviões e veículos para transporte de mercadorias.

Os demais resultados positivos foram registrados por bens de capital para fins industriais (17,4%), segunda expansão de dois dígitos consecutiva, agrícola (21,0%), para uso misto (1,3%) e para construção (3,9%), enquanto o grupamento de bens de capital para energia elétrica (-4,0%) apontou a única taxa negativa.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo duráveis (4,1%) assinalou o segundo resultado positivo consecutivo, impulsionado em grande parte pela maior fabricação de automóveis (7,6%) e, em menor escala, pelos avanços verificados em telefones celulares (1,8%) e eletrodomésticos (3,5%).

O segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao avançar 0,8% no índice mensal de maio de 2013, também assinalou dois meses de taxas positivas consecutivas. O desempenho desse mês foi influenciado pela expansão registrada pelo grupamento de carburantes (22,2%), impulsionado não só pelos avanços na fabricação de gasolina automotiva e álcool, mas também pela baixa base de comparação, já que em maio do ano passado esse subsetor recuou 8,4%, por conta da paralisação para manutenção em importante unidade produtiva do setor.

O setor de bens intermediários (-0,6%), que após avançar 5,1% em abril voltou a mostrar queda na produção em maio, assinalou impactos negativos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-9,1%), produtos de metal (-10,7%), produtos têxteis (-5,1%), metalurgia básica (-1,3%), celulose, papel e produtos de papel (-1,8%), minerais não-metálicos (-1,4%) e veículos automotores (-0,8%), enquanto as influências positivas foram registradas por refino de petróleo e produção de álcool (7,1%), borracha e plástico (4,7%), alimentos (2,8%) e outros produtos químicos (0,2%). Ainda nessa categoria de uso, vale citar também os resultados negativos vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (-0,4%), após crescer 9,7% em abril último, e de embalagens (-2,7%), que interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação.

Com informações do IBGE

Foto: CNT

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