Em junho, houve crescimento de 1,9% em relação a maio e de 3,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (1º) a pesquisa sobre a produção da indústria brasileira. Em junho, houve crescimento de 1,9% em relação a maio e de 3,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado mostra que a produção industrial cresce pelo terceiro mês consecutivo e reforça a expectativa de que as medidas adotadas pelo governo da presidenta Dilma, como a desoneração da folha de pagamentos e redução de impostos sobre a produção, estão dando uma resposta positiva.
De acordo com o IBGE, dos 27 setores que fazem parte da pesquisa, 22 ramos da indústria cresceram, com destaque para a maior produção da indústria farmacêutica (8,8%), máquinas e equipamentos (3,2%), equipamentos de transporte (8,3%) e veículos (2%). A indústria que fabrica máquinas para escritório e equipamentos de informática teve uma produção 11,4% maior em junho em relação a maio, enquanto que os ramos da indústria extrativa cresceram 2,4%; celulose, papel e produtos de papel, 2,9%; produtos de metal, 3,5%; e alimentos, 0,9%.
Bens de Capital
O destaque em termos de aumento da produção industrial foi verificado no ramo bens de capital. Na comparação entre maio e junho, o crescimento foi de 6,3%. Em relação a junho do ano passado, o setor apresenta um crescimento de 18%. Esse índice reforça a expectativa de que a previsão do governo para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) pode se confirmar ao redor dos 3%.
O setor de bens de capital funciona como um termômetro da economia, porque as indústrias desse ramo de atividade produzem máquinas que serão usadas por outros setores, indicando, ainda, que as empresas ao adquirirem novos equipamentos estão agregando tecnologia e inovação em sua linha produtiva. Além disso, o IBGE aponta que a indústria de bens de capital cresce pelo sexto mês consecutivo. Apenas no setor de bens de capital para o ramo de transporte o crescimento entre maio e junho foi de 28%. Os demais resultados, positivos, foram bens de capital para fins industriais (20,5%), para uso misto (6,5%); agrícola (21,9%) e para construção (7,8%). O ramo de bens de capital para o setor de energia elétrica, entretanto, apontou que na produção em junho, de 12,9%.
O IBGE constatou, também, que o setor de bens de consumo duráveis, pelo terceiro mês consecutivo, cresceu 4,5%, com destaque para a maior fabricação de automóveis (3%), motocicletas (10,9%) e de eletrodomésticos (8,5%). Segundo a pesquisa, subsetores de eletrodomésticos tiveram aumento de 12,9% na produção industrial.
No segmento de bens de consumo semi e não duráveis, o grupo de carburantes (fabricação de gasolina e etanol) cresceu 15,6%, enquanto que a produção industrial de alimentos o crescimento foi de 0,2%. O resultado negativo de não duráveis veio da fabricação de itens jornais, com queda de 0,7%.
Clique aqui para acessar a íntegra da pesquisa do IBGE
Marcello Antunes
Foto: Portal do Agronegócio
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