A categoria de bens de capital foi a principal |
Com a queda de 3,5% em dezembro ante novembro, a produção industrial brasileira teve crescimento de 1,2% nos doze meses de 2013, conforme divulgou, nesta terça-feira (04), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado anual positivo, a indústria recupera parte das perdas acumuladas em 2012, quando houve retração de 2,5%, e supera a alta de 0,4% de 2011, segundo o IBGE.
A categoria de bens de capital foi a principal responsável pela alta anual de 1,2%, já que acumulou crescimento de 13,3%. Os bens intermediários, por outro lado, não variaram, e os de consumo caíram 0,2%.
O resultado de dezembro é o segundo negativo consecutivo nesse tipo de confronto, acumulando perda de 4,0% na combinação de novembro e dezembro. É o maior resultado negativo da série desde dezembro de 2008 (-12,2%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria recuou 2,3% em dezembro de 2013.
No índice acumulado no ano de
O recuo de 3,5% da atividade industrial na passagem de novembro para dezembro teve perfil generalizado de queda, alcançando todas as categorias de uso e a maior parte (22) dos 27 ramos pesquisados. Entre as atividades, a influência negativa mais relevante foi assinalada por veículos automotores (-17,5%), pressionada principalmente pela concessão de férias coletivas em várias empresas do setor.
Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-6,2%), farmacêutica (-11,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,3%) e metalurgia básica (-7,4%). Também apresentaram impactos significativos os setores de borracha e plástico (-6,7%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), calçados e artigos de couro (-13,4%), produtos de metal (-3,2%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-5,3%).
Por outro lado, entre os cinco ramos que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (10,6%) e vestuário e acessórios (10,9%), com o primeiro assinalando o terceiro resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período expansão de 14,8%, e o segundo eliminando o recuo de 4,9% registrado no mês de novembro último.
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao recuar 11,6%, assinalou a queda mais acentuada em dezembro de 2013, influenciada principalmente pela menor produção de caminhões, pressionada em grande parte pela concessão de férias coletivas em várias empresas do setor nesse mês.
Nos índices por categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os resultados foram negativos para bens de consumo duráveis (-3,5%), bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) e bens intermediários (-2,0%), enquanto a produção de bens de capital, com crescimento de 1,8%, assinalou a única taxa positiva em dezembro de 2013.
O setor de bens de capital, ao crescer 1,8% em dezembro de 2013, mostrou o 12º resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Nesse mês, o setor foi particularmente influenciado pela expansão registrada no grupamento de bens de capital para construção (225,3%). Vale citar também os índices positivos assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (5,8%), agrícola (3,4%) e para energia elétrica (1,0%). Os demais subsetores apontaram queda na produção nesse mês: bens de capital para equipamentos de transporte(-8,1%), que interrompeu 11 meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação, e para uso misto (-2,9%).
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Com informações do IBGE e Agência Brasil