O processo de desmonte do Programa de Cisternas chegou ao ápice neste ano: segundo o coordenador do programa na Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), Rafael Neves, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) não executou um real do que foi previsto para 2020.
O montante previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano foi de R$ 50,7 milhões, a destinação mais baixa desde a criação do programa. Além disso, houve a previsão de outros R$ 100 milhões, de um fundo do Ministério da Justiça. Mesmo assim, o dinheiro não chegou às famílias atendidas pelo programa, que promove a construção de estruturas para a captação de água da chuva.
Sob risco de acabar por falta de recursos, o programa chegou a ser abarcado no Projeto de Lei da Agricultura Familiar, que aguarda sanção presidencial, mas a proposta é insuficiente se o governo não voltar a investir concretamente, afirma Neves.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o coordenador explicou como o programa funciona, quais são as principais dificuldades enfrentadas durante o governo de Bolsonaro e quais os caminhos para que as famílias continuem sendo atendidas.