O Prêmio de Política para o Futuro de 2017 incluiu o Programa Cisterna e Programa Nacional de Apoio à Colheita de Água de Chuva e Outras Tecnologias Sociais para o Acesso à Água na lista de melhores políticas do mundo para combater a degradação do solo.
Realizado pelo World Future Council em parceria com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), a premiação selecionou ainda ações da Austrália, China, região de Tigray da Etiópia, Jordânia e Níger. No total, 27 políticas e iniciativas de 18 países foram nomeadas.
Iniciado no governo Lula e intensificado no governo Dilma Rousseff, o programa foi considerado uma das melhores políticas do mundo para combater a degradação do solo.
O programa brasileiro é participativo, de baixo para cima, para fornecer água para consumo, para o cultivo de alimentos e manutenção de gado. Ele capacita milhões de pessoas pobres da região a controlar suas próprias necessidades, gerar renda e aumentar sua segurança alimentar.
Ao todo foram entregues cerca de 1,2 milhão de cisternas beneficiando principalmente mulheres e crianças. O projeto foi obra de Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma. Antes disso, durante a presidência de Lula, foi uma das responsáveis pela criação do programa Bolsa Família.
A presidenta da PT, Gleisi Hoffmann, destacou que “a indicação reconhece a iniciativa inovadora iniciada pelo Presidente Lula e ampliada no governo Dilma”.
O prêmio de prestígio, que se concentra em uma área diferente de progresso nas políticas públicas a cada ano, celebra leis exemplares que criam melhores condições de vida para as gerações atuais e futuras.
O critério do prêmio é valorizar leis que protegem a vida e os meios de subsistência nas terras áridas e que promovem o Objetivo 15 do Desenvolvimento Sustentável, meta 3, que é combater a desertificação, restaurar a terra e o solo degradados.
As terras áridas cobrem cerca de 40% da Terra e são extremamente vulneráveis ??à exploração excessiva, uso inadequado do solo e variabilidade climática. Estão entre as regiões mais propensas a conflitos e às secas do mundo.
Sem ações para restaurar e reabilitar os solos degradados, estima-se que 135 milhões de pessoas correm o risco de serem deslocadas pela desertificação. A secretária executiva da UNCCD, Monique Barbut, descreve a desertificação como “uma crise silenciosa e invisível que está desestabilizando comunidades em escala global”.