O Instituto Butantan está à espera da autorização de autoridades sanitárias para iniciar a avaliação, em 300 voluntários, de uma vacina contra a dengue. Laboratórios do órgão já trabalham na fabricação do produto, cuja chegada ao mercado está prevista para 2015. O instituto prepara a divulgação da relação dos hospitais que participarão do experimento e também de orientações aos interessados em participar dos estudos.
Em abril de 2003, quando o senador Humberto Costa atuava como ministro da Saúde durante o primeiro mandato do presidente Lula, o governo federal firmou protocolo de intenções com o Instituto Butantan. O acordo previu a liberação de R$ 52 milhões para o programa de infraestrutura do Instituto Butantan. Essa iniciativa marcou o começo de uma série de medidas para o desenvolvimento, nos quatro anos seguintes, de uma política de saúde pública a fim de atender as carências da sociedade brasileira.
A pesquisa em busca da vacina contra a dengue é resultado de parceria do Butantan com o Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O objetivo da próxima etapa do trabalho é avaliar a segurança e a efetividade da vacina tetravalente, que poderá proteger contra os quatro tipos de vírus da doença depois da administração de apenas uma dose.
No primeiro ano das análises da vacina, o foco das avaliações serão segurança e efetividade. Mas todos os voluntários participantes do estudo, homens e mulheres com idades entre 18 e 50 anos, serão alvo de acompanhamento por um período de cinco anos após a inoculação. A estimativa do Butantan é de que a vacina, que já foi testada em 20 pessoas para verificação de reações alérgicas, esteja disponível para a população daqui a três anos.
Pesquisadores brasileiros desenvolvem bioinseticida para o controle da dengue
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) vem estudando a pimenta longa ou pimenta de macaco como agente de controle das larvas do mosquito transmissor da dengue. Do componente natural de defesa do Piper aduncum (nome científico da planta), o dilapiol, é extraído o óleo essencial dessa que poderá ser usado como bioinseticida contra aedes aegypt.
A pesquisa detectou que o dilapiol interfere no DNA dos mosquitos, provocando a má formação dos cromossomos, resultado considerado vantajoso em relação a outros métodos convencionais de combate ao mosquito da dengue, com inseticidas sintéticos em altas concentrações e em longos períodos de exposição.
Com informações do Instituto Butantan, Portal Brasil e agências online