Se fossem as contas do PT, não haveria outro assunto na mídia. Como não é, não há pressão de repórteres sobre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), muito menos vazamentos antecipando hipotéticas decisões da Corte.
Para motivar esses mesmos a serem rigorosos com todos os candidatos das eleições de 30 de outubro, o Partido dos Trabalhadores decidiu colaborar com os trabalhos apresentando, nesta terça-feira (10) nova denúncia de irregularidade grave nas contas eleitorais apresentada ao mesmo tribunal pelo candidato derrotado, Aécio Neves. O documento enviado ao setor técnico responsável pela análise de contas solicita a investigação de empresas que prestaram serviços à campanha tucana.
A principal suspeita refere-se a uma lista composta por 28 empresas, criadas neste ano, que atuaram em favor da campanha de Aécio. Outro fato considerado grave pelos advogados do partido é a constatação de que apenas 21% das notas fiscais desses estabelecimentos foram juntados aos autos.
Foi apontada, ainda, a ausência de documentos de apresentação obrigatória, como extratos bancários compreendendo todo o período de campanha e o termo de encerramento das contas.
O PT também constatou que não há na prestação de contas do contrato específico de fotógrafo da campanha, nem da produção e disponibilização de conteúdo para celulares, como vídeos para o aplicativo “WhatsApp”.
O partido pede, com isso, que seja verificada a idoneidade das empresas que prestaram serviço a campanha tucana. Segundo o advogado da campanha do PT à presidência, Rodolfo Tsunetaka Tamanaha, o pedido quer apenas a apresentação das mesmas comprovações documentais cobradas da campanha de Dilma Rousseff. “Pedimos que sejam esclarecidos os fatos, se foi um simples erro ou realmente foram cometidas ilegalidades pela campanha do PSDB”, explica.
O documento pede que seja comprovada a existência das empresas e a autenticidade dos documentos entregues ao TSE. Solicita ainda que seja verificado se o estabelecimento está autorizado ou não a prestar o serviço descrito nas notas fiscais.
Outro ponto pede a conferência se o faturamento das empresas é compatível com o serviço prestado e que sejam investigadas eventuais inconsistências em relação aos fornecedores de bens ou serviços de campanha criados no ano da eleição.
Com informações da Agência PT de Notícias.