O Partido dos Trabalhadores elegeu quatro senadores neste domingo. O destaque é Teresa Leitão, que será a primeira senadora da história de Pernambuco. Ao lado dela na bancada do PT no Senado, a partir de fevereiro de 2023, estarão Wellington Dias (Piauí), Camilo Santana (Ceará) e Beto Faro (Pará).
Quadro histórico do PT, Teresa Leitão foi eleita com mais de 46% dos votos dos pernambucanos. Ela está no quinto mandato de deputada estadual e é coordenadora do Setorial Nacional de Educação. Seja como parlamentar ou dirigente do partido, Teresa Leitão tem uma atuação política marcada pela defesa e valorização da educação, do serviço público, da cultura, dos direitos humanos e dos direitos da mulher e das trabalhadoras e trabalhadores.
Além disso, é uma das deputadas mais produtivas da Assembleia Legislativa, onde é líder da bancada do PT e autora de 202 projetos de lei, apenas na atual legislatura. Professora aposentada, formada em Pedagogia pela Unicap, ela ajudou a fundar o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Pernambuco (Sintepe).
Dois ex-governadores na bancada
A bancada contará também com dois ex-governadores que deixaram os mandatos para disputar o Senado com altos índices de aprovação: Wellington Dias e Camilo Santana.
É a segunda vez que Wellington é eleito senador, agora com 51% dos votos. Eleito em 2010, ele exerceu o mandato entre 2011 e 2014. Antes disso, ele havia sido governador do Piauí por dois mandatos e repetiu o feito depois desse período. Para os quatro mandatos, foi eleito e reeleito no primeiro turno.
Fenômeno das urnas, as gestões do senador eleito fizeram o Piauí avançar em todos os indicadores econômicos e sociais. Mesmo o resumo surpreende: o PIB do Estado passou a crescer acima do Nordeste e do Brasil, a internet é a 2ª mais veloz do Brasil, todos os municípios passaram ser interligados por asfalto, é campeão em vacinação contra a Covid-19, o salário de professores é superior ao piso nacional e tem o ciclo completo da educação, inclusive superior, em todos os 224 municípios.
Iniciou a sua carreira política em 1992, quando se elegeu vereador da capital Teresina. Em 1994, é eleito deputado estadual e também presidente do diretório regional do PT (1995-1997). Nas eleições de 1998, é eleito o primeiro deputado federal pelo PT no Piauí.
Camilo Santana também vem de dois governos de sucesso no Ceará, que deixou com impressionantes 80% de aprovação popular. Agrônomo com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, foi superintendente do Ibama no Ceará e secretário estadual de Desenvolvimento Agrário do Estado. Em 2010, foi eleito deputado estadual mais votado. Em 2012, se tornou secretário das Cidades do governo Cid Gomes.
Eleito com quase 70% dos votos, Camilo fez uma gestão que combinou desenvolvimento econômico com inclusão social, estímulo ao empreendedor e redução da desigualdade.
Já o senador eleito pelo Pará com mais de 42% dos votos, Beto Faro está em seu quarto mandato de deputado federal e preside o Diretório Estadual do PT. Tem a sua trajetória sindical e política ligada às lutas no campo, principalmente na defesa da agricultura familiar.
No governo Lula, foi Superintendente Regional do Incra no Pará. Na Câmara, foi vice-líder do PT e vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Destacou-se na luta pela consolidação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de outras políticas públicas para a população rural.
Com a eleição deles, a bancada do PT no Senado poderá ter entre 8 e 9 integrantes a partir de 2023. A dúvida é Rogério Carvalho, senador que disputará o segundo turno para governador de Sergipe. Caso se eleja, seu suplente não é do partido. Da atual bancada de 7 membros, dois deles terminam o mandato no início do próximo ano e não disputaram a reeleição: Paulo Rocha (PA) e Jean Paul Prates (RN).
Time do Lula
Além dos quatro petistas, o Time do Lula elegeu outros quatro senadores apoiados pela Federação Brasil da Esperança: Flávio Dino (PSB) no Maranhão, Otto Alencar (PSD) na Bahia, Omar Aziz (PSD) no Amazonas, e Renan Filho (MDB) em Alagoas.