O PT quer uma apuração rigorosa da suspeita de uso de informações sobre mudanças no comando da Petrobrás para operações suspeitas e criminosas no mercado de ações, no valor de milhões. Os seis senadores do PT, liderados por Paulo Rocha (PA), e mais a senadora Zenaide Maia (PROS-RN), entraram nesta quarta-feira (03), com representações junto ao Ministério Público Federal (MPF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo a apuração da suspeita do uso de informações privilegiadas com ações da Petrobrás.
De acordo com denúncias relatadas na imprensa, o episódio envolve uma operação atípica com opções de venda de ações da empresa estatal, às vésperas do vencimento dos papéis, na segunda-feira (1º), e ocorreu pouco antes da transmissão pela internet de declaração do presidente Jair Bolsonaro anunciando que “alguma coisa” iria acontecer na estatal. “A suspeita de ganhos ilegais com o inside information – informação privilegiada – precisa ser apurada imediatamente pelo Ministério Público Federal”, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria no Senado e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás.
A denúncia de vazamento de informações foi apontada pela jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo, nessa terça-feira (02), e ganhou enorme repercussão nos jornais, chegando a ser manchete do jornal carioca. O lucro criminoso com o das informações pode chegar a R$ 18 milhões. “Os fatos apontados, aliados à conjuntura de mercado e momento de decisões políticas de alto impacto no mercado nacional e internacional quanto ao comando da Petrobrás configuram-se relevantes e precisam ser apurados pela CVM”, apontam os senadores. Subscrevem a representação, além de Paulo Rocha, Jean Paul Prates e Zenaide Maia, os petistas Humberto Costa (PE) e Jaques Wagner (BA).
As representações à CVM e ao MPF podem ser lidas aqui e aqui.