A Ciência voltou

PT no Senado exalta reajuste de até 200% em bolsas de estudo

Para senadores, aumentos anunciados por Lula e ministros nesta quinta (16) resgatam a educação e a ciência do país, dois dos setores mais prejudicados pela política de destruição da gestão anterior
PT no Senado exalta reajuste de até 200% em bolsas de estudo

Divulgação

Sem ciência, sem futuro. A máxima estampada em protestos durante os últimos quatro anos foi devidamente enterrada nesta quinta-feira (16) pelo novo governo federal. Agora, vale o inverso: com ciência, com futuro. O anúncio de reajuste de até 200% nas bolsas de estudo, valendo já a partir de março, foi comemorado pelo PT no Senado como um dos principais feitos do presidente Lula neste início de terceiro mandato.

“Educação e ciência valorizadas”, exclamou a senadora Teresa Leitão (PT-PE), que tem a vida profissional e política ligada às duas áreas. “O aumento é aguardadíssimo por toda a comunidade científica. Foram 10 anos sem nenhum reajuste”, afirmou.

Para a senadora Augusta Brito (PT-CE), o aumento dos valores pagos aos pesquisadores significa o resgate da educação e da ciência. “Valores irrisórios das bolsas e baixo incentivo à ciência fizeram milhares de jovens pesquisadores saírem do Brasil. A fuga de cérebros é um prejuízo incalculável. Para cada real investido em ciência e tecnologia, 7 são devolvidos à sociedade. Mas as bolsas de estudo não recebiam reajuste há quase 10 anos e perderam 75% do poder de compra. O descaso com quem produz 90% da pesquisa no Brasil era inadmissível e não podia continuar”, celebrou.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) ressaltou a completa inversão de valores agora, em relação ao governo anterior. “O último reajuste foi no governo Dilma. São 6 anos sem investir em educação e ciência! Com isso, o governo Lula demonstra que de fato está empenhado em construir o Brasil do Futuro! Porque é somente com investimento em ciência, tecnologia e inovação que nosso país vai poder despontar no cenário internacional”, afirmou.

Na mesma linha se manifestou o senador Humberto Costa (PT-PE). “No governo Lula, a educação voltou a ser prioridade. Voltamos a ter um governo que aprecia a educação e a ciência. Faz o L”, brincou, em referência ao gesto que marcou a campanha vitoriosa de Lula e que vem sendo repetido a cada notícia que represente o retorno do país à normalidade.

Novos valores

O maior reajuste (200%) foi concedido ao menor benefício – o de iniciação científica, que passará de R$ 100 para R$ 300. Serão 53 mil bolsas para estimular estudantes do ensino médio a se dedicar à pesquisa e à produção de ciência. Para o ensino superior, as bolsas de iniciação científica terão acréscimo de 75%, passando de R$ 400 para R$ 700.

As bolsas de mestrado e doutorado, sem reajuste desde 2013, terão ganho de 40%. No mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100, e no doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.100. Já nas bolsas de pós-doutorado, o acréscimo será de 25% – subindo de R$ 4.100 para R$ 5.200.

As bolsas para formação de professores da educação básica terão reajuste entre 40% e 75%. Em 2023, haverá 125,7 mil bolsas para preparar melhor os professores. Atualmente, os valores dos repasses variam de R$ 400 a R$ 1.500.

A Bolsa Permanência, por sua vez, terá o primeiro reajuste desde que foi criada, em 2013. O auxílio financeiro é voltado a estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior. A intenção é contribuir para a permanência e diplomação dos beneficiários. Os percentuais de aumento vão variar de 55% a 75%. Atualmente, os valores vão de R$ 400 a R$ 900.

Os reajustes das bolsas representam investimento de R$ 2,38 bilhões dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia direcionados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O governo federal também anunciou a quantidade de bolsas oferecidas. No caso do mestrado, por exemplo, em 2015 havia 58,6 mil bolsas, número que caiu para 48,7 mil em 2022, redução de quase 17%. Agora, a estimativa é de que sejam ofertadas 53,6 mil.

(Com portal Gov.br)

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