O Brasil não tem muito o que comemorar no próximo Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. O país concentra 40% de toda perda de florestas nativas no mundo e acumula inúmeros retrocessos na pauta ambiental na gestão de Bolsonaro, com o estímulo ao garimpo ilegal em terras indígenas, ao desmatamento, ao agronegócio, e ao genocídio dos povos originários, que preservam as florestas.
Mesmo com a destruição dos biomas, ainda há alternativas de sustentabilidade para se promover no país, conforme o secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores (PT), Penildon Silva.
“Alternativas existem, tecnológicas, ambientais, econômicas, industriais, de exploração mineral, mas é necessária a decisão política para reorientar os recursos e as prioridades do Estado e da Sociedade”.
Ele destaca que a destruição da Amazônia já foi descrita e analisada em vários estudos e documentos de movimentos sociais, mas outros biomas vivem uma situação tão ou mais desastrosa.
O alerta é sobre o Cerrado, que está secando pela maneira como a fronteira agrícola se expandiu, “sem controle e assacando esse bem comum, a água, sem planejamento.
“Essas áreas de Cerrado e da quase extinta Mata Atlântica que foram ocupadas pela atividade agrícola e pecuária, têm uma emissão de carbono muito grande, diferentemente das agroflorestas que permitem a neutralidade na emissão de carbono. O Brasil já tem experiências exitosas e tecnologia desenvolvida pela Embrapa, universidades e movimentos sociais que podem permitir uma produção sem destruição, e com taxas de lucros mais elevadas”.