As denúncias de aumento excessivo de gastos secretos do governo feitos com cartão de crédito corporativo, conforme apontam reportagens publicadas pela ‘Folha de S.Paulo’ e ‘O Estado de S.Paulo’, levaram os líderes do PT no Congresso a anunciar pedido de informações ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para que levantem o sigilo. De acordo com os jornais, a fatura dos quatro primeiros meses chegou a R$ 3,76 milhões, o dobro da média do que foi pago no mesmo período nos últimos cinco anos.
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), criticou os gastos excessivos feitos de maneira secreta pelo Palácio do Planalto. “A eleição do Bolsonaro foi um estelionato contra o Brasil. Agora, o estelionato dele continua escancarado com o dinheiro do povo que padece com a falta de comida na mesa em meio a uma pandemia”, condenou.
“Bolsonaro gastou o dobro da média dos últimos 5 anos pelos outros ex-presidentes. Questionado, disse que é ‘falta de caráter dessa imprensa’. Até quando o presidente vai jogar para outros uma culpa que é dele?”, cobrou o líder da minoria no Congresso, deputado José Guimarães (PT-CE). “Mostra a fatura, Bolsonaro”.
“No que Bolsonaro gastou quase R$ 1 milhão por mês neste ano com seu cartão corporativo? Para quê tanto dinheiro? E se juntar GSI e ABIN foram R$ 7,5 milhões em despesas sigilosas. Nenhum outro presidente chegou perto disso”, questiona a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). “E olha que ele se dizia contra o uso do cartão. Explique-se, Bolsonaro”.