Desrespeito

PT volta a acionar Ministério Público por infrações em “motociata”

Denúncia envolve novas infrações de trânsito gravíssimas cometidas por Bolsonaro e apoiadores durante evento em Imperatriz (MA)

Bolsonaro sem capacete

PT volta a acionar Ministério Público por infrações em “motociata”

Foto: reprodução Facebook

Senadores do PT e do Bloco da Resistência Democrática denunciaram nesta segunda-feira (18) ao Ministério Público a inércia dos órgãos de fiscalização de Imperatriz (MA) diante de infrações de trânsito cometidas por Bolsonaro e apoiadores durante “motociata” realizada na última quarta (13) naquela cidade.

Em imagens divulgadas pelo próprio presidente no Facebook, nem ele nem o passageiro que levava na garupa da moto usavam capacete, o que configura infração gravíssima, punida com multa e suspensão da carteira.

Em representação entregue à 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Imperatriz, os senadores pedem que seja apurada a possível omissão da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes e demais órgãos de fiscalização responsáveis por meio da solicitação de informações e documentos da Secretaria, da Prefeitura de Imperatriz.

Assinam a representação o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), o líder da Minoria, Jean Paul Prates (PT-RN), os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), além da senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

O PT no Senado tem atuado intensamente contra a anuência das autoridades policiais, estaduais e municipais, diante das reiteradas transgressões cometidas por Bolsonaro e seus apoiadores nesses eventos, que remontam aos passeios de motocicleta promovidos pelo ditador fascista Mussolini, na Itália dos anos 1930.

Em 8 de julho, os parlamentares solicitaram providências ao Ministério Público Federal em relação a todas as motociatas realizadas até então. Antes disso, em 25 de junho, eles haviam enviado ofício ao ministro da Justiça, Anderson Torres, para que tomasse as medidas cabíveis pela evidente omissão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) frente aos abusos.

Nas ações, eles lembram ainda a diferença de tratamento dada ao presidente e a Genivaldo dos Santos, trabalhador morto por asfixia num veículo da PRF transformado em câmara de gás em Sergipe após ter sido abordado exatamente por pilotar moto sem capacete.

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