Wellington Dias assume a Liderança do PT no Senado em 2013 |
Um mês e quatro dias antes de completar 51 anos de idade, o senador Wellington Dias (José Wellington Barroso de Araújo Dias, na certidão de nascimento) assume a Liderança do PT e da Base de Apoio ao Governo para o ano de 2013, dois anos depois de ter chegado ao Senado depois de ter sido eleito vereador, deputado estadual, deputado federal e governador pelo PT do Piauí, partido do qual se tornou filiado em 1985, aos 23 anos de idade, já alinhado com a corrente interna do partido liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a atual CNB – Construindo um Novo Brasil.
Filho de pai caminhoneiro e mãe professora, nascido em Oeiras, o senador Wellington Dias cursou Letras na Universidade Federal do Piauí, com especialização em Políticas Públicas e Governo na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nesse período, flertou com a literatura com o nome de Wellington Barroso, tendo sido autor premiado aos 18 anos por seu livro de contos “Macambira”. Escreveu outro conto premiado – “Maria, Valei-me”, em 1984 –, além de duas peças teatrais – “Reisados da Minha Terra” e “Estamos Todos Inocentes”. Vários desses textos foram editados em coletâneas de autores piauienses. A última obra do escritor Wellington Barroso que deu ao governador e depois senador Wellington Dias – “As Tiradas de Tio Sinhô” – data de junho de 2007. Também por esses anos, tornou-se radialista e trabalhou como locutor e apresentador da Rádio Difusora de Teresina.
Antes de dedicar-se integralmente à política, Wellington, como é chamado pelos demais senadores, foi bancário. Passou pelo Banco do Nordeste do Brasil, depois pelo Banco do Estado do Piauí e, em seguida, pela Caixa Econômica
Foto oficial do Governador Wellington Dias |
Federal, da qual é funcionário de carreira. Tornou-se líder da categoria, primeiro como dirigente da Central Única dos Trabalhadores do estado, depois como presidente da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal (1986-1989) e finalmente como presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí (1989-1992).
Desde o início de sua vida política, foi reconhecido como “homem de partido”, por sua atenção à estrutura e organicidade partidária, traço que viria a ser reforçado nas inúmeras candidaturas que disputou, com várias delas se sobrepondo à sua carreira pessoal como homem público. Elegeu-se vereador de Teresina, capital do estado, em 1992. Dois anos depois, tornou-se deputado estadual, ao mesmo tempo em que presidiu o Diretório Regional do PT (1995-1997). Em 1996, aceitou a convocação para concorrer à vice-prefeitura da capital, na chapa liderada por Nazareno Esteves, sem sucesso. Dois anos depois, ao encerrar seu mandato como deputado estadual, candidatou-se novamente e tornou-se o primeiro deputado federal eleito pelo PT do Piauí.
Em 2000, nova convocatória o levou a disputar a Prefeitura de Teresina, com Francisca Trindade como vice, mas não conseguiu se eleger. Pouco antes de terminar seu mandato na Câmara Federal, em 2002, renunciou. Sua meta era candidatar-se ao Senado, mas a aliança do PT com outros partidos, no bojo da campanha vitoriosa de Lula, o transformou em candidato ao governo do Estado. Elegeu-se no primeiro turno, derrotando o então governador Hugo Napoleão, que disputava a reeleição. Quatro anos depois, em 2006, após uma administração que privilegiou a modernização dos meios de pagamento do estado, a capacitação do serviço público, a assistência intensiva na saúde e na atenção às pessoas com deficiência, a ampliação e gestão compartilhada das escolas entre diretores, professores, funcionários e pais de alunos e a implantação de políticas públicas para o esporte, obteve a reeleição, também no primeiro turno.
Em março de 2010, descompatibilizou-se para disputar as eleições ao Senado Federal, obtendo quase um milhão de votos (997.513), marca histórica desde então na história do Piauí. Em 2012, novamente atendendo a uma convocação do partido, aceitou candidatar-se à Prefeitura de Teresina, sem sucesso.
No Senado, em dois anos de trabalho, Wellington Dias tornou-se um ativista dedicado contra a propaganda de cigarros, bebidas alcoólicas, remédios, terapias e defensivos agrícolas e um defensor da ampliação de direitos das pessoas com deficiência. Também foi autor da Emenda Constitucional que tipificou os crimes de peculato, concussão, corrupção passiva e corrupção ativa, tornando-os hediondos e passíveis de prisão temporária, e tornou-se um político nacionalmente conhecido pela defesa da distribuição igualitária dos royalties do petróleo entre todos os estados brasileiros.
Wellington Dias é casado com Rejane Ribeiro Sousa Dias e tem três filhos: Iasmin, Vinícius e Daniely.