A severa estiagem que castiga cerca de 8 milhões de nordestinos foi tema da coluna Conversa com a Presidente, desta terça-feira (24/07). A presidenta Dilma Rousseff observou que uma série de medidas emergenciais foram tomadas, após ser questionada pelo produtor rural Ozano Carneiro, de Miranda do Norte (MA), sobre as ações do Governo para aliviar os prejuízos causados pela estiagem. Dilma destacou que R$ 2,7 bilhões já foram liberados para combater os efeitos da seca no semiárido.
“Para amenizar as consequências da seca sobre a população e a economia do semiárido do Nordeste, liberamos R$ 2,7 bilhões para ações emergenciais e temos 3.360 carros-pipa distribuindo água potável em 692 municípios. Criamos a Bolsa Estiagem, no valor de R$ 400, pagos em cinco parcelas, que já beneficia mais de 700 mil agricultores em 800 municípios. Desde 2011, entregamos 111 mil cisternas e chegaremos a 200 mil neste ano. O Ministério da Agricultura destinou 400 mil toneladas de milho para ração animal a pequenos e médios produtores, com preços abaixo do mercado”, enalteceu a presidente.
Paralelamente a isso, o Governo também tem estudado a liberação de crédito para continuar estimulando a produção agropecuária na Região. Ação que está sendo construída com a ajuda do líder do PT e Bloco de Apoio ao Governo, Walter Pinheiro (BA), que, dialogando com o Governo e sociedade, conseguiu elaborar uma proposta para dar continuidade de acesso ao crédito a produtores endividados e negociar descontos em dívidas antigas. Esse trabalho que foi integrado ao texto da Medida Provisória 571/2012, mais conhecida como MP da Seca, agora aguarda apenas a aprovação dos plenários da Câmara dos Deputados e Senado Federal para começar a valer.
Com todos esses esforços, esta que é considerada, por meteorologistas, a pior seca dos últimos 30 anos tem provocado menos sofrimento que períodos anteriores. Em outras épocas, a fome e sede chegaram a provocar a ocorrência de crimes, como roubos e saques a supermercados. O que não se registra neste ano, já que o Governo tem atuado em diversas frentes para minimizar os impactos. Isto fica ainda mais claro, quando se constata que uma queda de 80% na produção de milho e feijão no semiárido nordestino, segundo um levantado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não acompanha um aumento da fome e, por consequência, da criminalidade.
Entretanto, as condições climáticas não acompanham a intenção do Governo de diminuir os estragos causados pela longa estiagem, que se arrasta desde setembro de 2011. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), deve chover em algumas regiões do Nordeste, principalmente no litoral, mas as precipitações não serão suficientes para amenizar a situação. De acordo com o Ministério da Integração, até o momento, 1.209 municípios já decretaram situação de emergência na Região Nordeste.
Com informações da Agência Brasil e Blog do Planalto
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