Randolfe: remédio para um governo impopular é a soberania da vontade popular

Randolfe: remédio para um governo impopular é a soberania da vontade popular

Randolfe: “O que estamos julgando é se dois terços da Câmara e do Senado podem retirar o mandato de uma presidenta eleita”O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o processo de impeachment não é o julgamento de Dilma Rousseff ou do legado dos governos do PT, mas da própria democracia. “O que estaremos aqui julgando, em última análise, é se dois terços da Câmara e do Senado detêm o poder de retirar do mandato uma presidenta da República eleita com 54 milhões de votos”, disse. 

Para ele, a questão é saber se uma maioria parlamentar eventual –  constituída com as piores fontes dos desvios do patrimonialismo brasileiro, o fisiologismo, o clientelismo e a corrupção – pode substituir o povo brasileiro no seu voto universal, discreto e secreto, 

 O senador criticou a condução econômica e as decisões ambientais do governo Dilma, mas destacou que o povo é quem deve decidir sobre os seus governantes. “Isso não é um julgamento de governo. O espírito público, o poder que o povo nos delegou, não pode nos permitir agir com sentimento de vingança. O governo do PT teve vários erros, mas esses erros não podem levar à condenação de uma inocente”, enfatizou, ao discursar na noite desta terça-feira (30). 

Ele criticou a postura do PMDB, que era parceiro do governo e hoje é o principal ator do processo de afastamento de Dilma. O senador também lamentou as anunciadas decisões do governo Michel Temer, que poderiam, segundo ele, comprometer direitos sociais e trabalhistas. Randolfe ainda manifestou apoio ao plebiscito, proposto por Dilma, que poderia antecipar as eleições presidenciais. 

“O remédio para um governo impopular é a soberania da vontade popular.”, concluiu. 

 

Com informações da Agência Senado

To top