Recuperação começou com alta das exportações, ainda com Dilma, diz Monteiro

Recuperação começou com alta das exportações, ainda com Dilma, diz Monteiro

Monteiro: a recuperação foi espetacular, por causa da velocidade com que ocorreuO senador Amando Monteiro (PTB-PE), ex-ministro do Desenvolvimento, Comércio Exterior do governo legítimo da presidenta Dilma Rousseff, em discurso na tarde desta quinta-feira (9), destacou a recuperação das exportações brasileiras com o crescimento de 15% da quantidade exportada pela indústria de transformação no primeiro quadrimestre deste ano. Essa recuperação tem contribuído para amenizar a forte contração do mercado doméstico e ajudado na criação de emprego em várias áreas da indústria. 

O senador observou que na indústria têxtil, por exemplo, acontece um feito significativo, a substituição das importações de produtos pelos fabricados no Brasil. Ele atribuiu a melhora das exportações ao ajuste no câmbio promovido pela presidenta Dilma na virada do ano. Com isso, as exportações inclusive de máquinas e equipamentos deram um salto de 17% de janeiro a abril. 

“Além do câmbio, naturalmente, que é o grande fator que contribuiu para essa expansão das exportações, nós não podemos deixar de registrar os acordos automotivos que foram negociados pelo Brasil nos últimos 15 meses. Não só houve o acordo que renegociamos em novas bases com o México como ainda houve a celebração de novos acordos na área automotiva, com a Colômbia e com o Peru”, disse ele. 

Se dirigindo ao senador Paulo Rocha (PT-PA), Monteiro assinalou que o Brasil havia perdido o mercado colombiano de automóveis cujo tamanho corresponde a 350 mil veículos. A participação brasileira declinou nos últimos anos e chegou a 2%. E a negociação conduzida pelo ministério trará como resultado, já no ano que vem, o embarque de 25 mil veículos com alíquotas reduzidas. No ano seguinte, serão 50 mil unidades, podendo recuperar 15% da participação do mercado colombiano. “Há uma avaliação de que 1.200 vagas foram recuperadas”, disse o ex-ministro de Dilma. 

Em relação ao superávit da balança comercial, sua expectativa e as condições articuladas poderão garantir saldo positivo de US$ 50 bilhões. Em 2014, houve déficit de quase US$ 5 bilhões. Portanto, o desempenho é notável. “Eu creio que o Brasil possa celebrar isso, especialmente nesse momento em que só se destacam as notícias da chamada agenda negativa. Não há como deixar de reconhecer que nós tivemos, no setor externo da economia brasileira, uma recuperação que pode se traduzir como espetacular, tendo em vista a velocidade com que esse processo ocorreu”, salientou. 

O senador Paulo Rocha disse que as palavras ditas por Armando Monteiro comprovam que o que levou à crise política foi o caos econômico pregado diuturnamente por uma parte da mídia. “A justificativa da questão legal para poder justificar o impeachment, sem dúvida nenhuma, foi muito embalada por essa questão do caos econômico”, afirmou. 

O senador petista acrescentou que a abertura de novas fronteiras de comércio para o Brasil foi uma iniciativa dos governos Lula e de Dilma, tendo a preocupação, ainda, de investir em infraestrutura para melhorar a logística. “A preocupação não era concentrar apenas na saída pelo litoral, mas também para a minha própria região, a Amazônica, com o projeto Arco Norte que vai ligar os extremos do Brasil. 

Para Jorge Viana, primeiro-vice presidente do Senado, Armando Monteiro fez um discurso brilhante por ter garimpado algo verdadeiro no meio da crise, ou seja, que o Brasil e o governo federal fez o deve de casa ao ajustar o câmbio e construído a saída para aumentar as exportações. “Nós temos que encontrar um caminho que nos ajude a achar uma saída para o Brasil e, pela via institucional e pela democracia, fazer essa travessia que a sociedade espera de todos nós. Eu acredito e espero que possamos vencer isso”, disse Viana. 

 

Marcello Antunes

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