Recursos não reembolsáveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 9,6 milhões, oriundos do Fundo Tecnológico (Funtec) do banco, vão permitir o desenvolvimento de tecnologia para recuperação de solos contaminados e o tratamento de águas contaminadas por metais pesados em consequência da mineração de urânio.
A beneficiária será a Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências (Fundação Patria), localizada no município de Iperó,
O BNDES informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o projeto está avaliado em R$ 10,8 milhões e contempla também a construção de uma unidade-piloto de tratamento de minérios da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), situada em Poços de Caldas,
Passivo
Apesar de ter sido encerrada, a extração de minério na unidade de Poços de Caldas deixou um grande passivo ambiental: são 45 milhões de toneladas de rejeitos — amontoados de terra, pedra, argila e metais pesados, como urânio e manganês — e água contaminada acumulada nas cavas da mina. Pela rota tecnológica tradicional, seriam necessários cerca de 700 anos para a descontaminação total do terreno.
Um plano elaborado em 2006 diminuiu a previsão de descontaminação para 20 anos, a um custo entretanto elevado, de R$ 400 milhões, devido à solução tecnológica ainda incipiente existente àquela época.
Mas o projeto apoiado agora pelo BNDES utilizará injeção de gás ozônio na descontaminação dos solos e da água. Se for comprovada a viabilidade dessa alternativa, ela poderá ser replicada para todo o setor de mineração do País, gerando benefícios ambientais e econômicos, estima o banco.
O projeto deverá ser concluído em dois anos. Cerca de R$ 1 milhão do total dos recursos serão destinados à concessão de 12 bolsas de pesquisa.
Com informações da Agência Brasil e do BNDES