Redução da propaganda eleitoral inibe as novas lideranças, alerta Ângela

Redução da propaganda eleitoral inibe as novas lideranças, alerta Ângela

Ângela Portela: é preciso avaliar os efeitos da reforma na representação partidáriaA senadora Ângela Portela (PT-RR) chamou atenção dos colegas para os “efeitos sobre a representação política” das medidas da reforma política em discussão no plenário do Senado, a partir desta quarta-feira (15). Ângela observou que no afã de dar uma resposta rápida para a sociedade, propostas que acabam por inviabilizar uma renovação na política estão ganhando força.

Uma das medidas citadas pela senadora como motivo de preocupação é o projeto que reduz a o período da propaganda eleitoral. Os atuais 45 dias de campanha no rádio e na TV podem ser reduzidos para 30 dias, segundo a proposta. Além disso, a duração da propaganda, em cada horário, passaria dos 50 minutos para 30 minutos – uma redução de 60% do tempo atual.

“Esse modelo de redução de tempo de TV, de redução da propaganda inibe, sem dúvida nenhuma, o surgimento, o aparecimento de jovens, de candidaturas que precisam se expor na sociedade brasileira, ter a oportunidade de apresentar suas propostas, seus projetos, para a sociedade fazer o julgamento que pretende e fazer a escolha dentro de um leque de candidaturas em nosso País, em todos os cargos eletivos”, alertou a petista.

Ângela Portela ponderou que é preciso trabalhar para a redução das despesas nas campanhas, mas que isso não pode cercear possíveis novas candidaturas. “É preciso discutir, com profundidade, essa revisão do nosso sistema eleitoral brasileiro”, cobrou.

A senadora observou ainda que o essencial dá reforma política está em redefinir o financiamento de campanha, o que só ocorrerá no segundo semestre. Ela sugeriu que as entidades civis, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sejam envolvidas nesse processo. “Existem muitas propostas interessantes; temos de olha-las com atenção”, afirmou.

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