A líder da Bancada do PT no Senado, senadora Gleisi Hoffmann, criticou a redução em mais da metade o percentual de conteúdo local que será exigido nas próximas rodadas de leilões de óleo e gás, anunciada ontem pelo governo. Para ela, o resultado dessa medida, que agradou apenas às petroleiras estrangeiras, “é aumento da falência das empresas e do desemprego, com transferência de postos de trabalho para o exterior”.
“Estão empurrando o Brasil para os tempos da Colônia, da escravidão”, denunciou a senadora no evento contra a “demolição” da Previdência, em São Paulo, nesta quinta-feira. O presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, por sua vez, declarou à imprensa que “a indústria está se sentido vilipendiada” com as medidas.
[blockquote align=”none” author=”Senadora Gleisi Hoffmann”]”Redução dos percentuais de conteúdo nacional é aumento da falência das empresas e do desemprego, com transferência de postos de trabalho para o exterior”[/blockquote]
Os empresários também consideraram “péssimos” os novos índices para participação nacional nas compras de produtos e serviços apresentados ontem pelo governo entreguista. “O governo não só reduziu o índice para 25%, mas deixou um índice global. Isso é péssimo”, também reclamou o presidente do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cesar Prata.
Nas áreas terrestres de exploração, a cota obrigatória será de 50% de componentes nacionais, para exploração no mar de 18%, na construção de poços 25%, para sistemas de coleta e escoamento 40% e, ainda em unidades estacionárias de produção 25%. As novas regras serão aplicadas na 14ª rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural em setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, em novembro.
[blockquote align=”none” author=”José Velloso, presidente da Abimaq”]”A indústria está se sentido vilipendiada” com as medidas[/blockquote]
Em desacordo com as medidas anunciadas, os empresários já avisaram que, em conjunto com federações de indústrias e sindicatos de trabalhadores, vão se mobilizar contra as medidas. “A tendência é não aceitar, porque acho que foi insensível com o momento que estamos vivendo. Esse índice aponta para mais de 1 milhão de desempregados este ano”, disse Prata à Agência Brasil.
Com informações da Agência Brasil.
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