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Reforma coloca servidores nas mãos dos banqueiros

Reforma coloca servidores nas mãos dos banqueiros

Foto: SindPrev

Com milhões de reais gastos em publicidade nos jornais e revistas, cujos valores são dirigidos para veículos que apoiaram o golpe contra Dilma, o governo Temer se contorce para mostrar que é necessário reformar a previdência hoje para ter aposentadoria amanhã. Essa manifestação agride a verdade.

Um exemplo é que todos os entes federativos que possuem Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), inclusive os municípios, serão obrigados a instituir regime de previdência complementar para seus servidores. Tais regimes vão cair no colo dos bancos e das administradoras de recursos, que não oferecem garantias de que lá no futuro os contribuintes de hoje terão direito à complementação. Nem todas administrações municipais ou estaduais têm capacidade para administrar um fundo de pensão complementar, e é aí que entram os bancos.

Mas a experiência com esse tipo de alternativa, financista por natureza, não deu bons resultados. Causou prejuízos para milhares de brasileiros. Alguns casos emblemáticos devem ser lembrados, como o fundo de pensão dos funcionários da Varig. Muitos contribuintes morreram na espera de uma solução para receber o dinheiro que depositaram mensalmente durante décadas. O mesmo ocorreu com os brasileiros que foram enganados e não receberam nada após contribuírem para os famosos montepios.

Com a reforma nefasta de Temer, alguns bancos fazem publicidade igual à do governo, denegrindo a imagem a previdência, pública, inclusiva e solidária. O discurso mentiroso que beira um terrorismo midiático vai pela seguinte linha: “você já sabe que o governo do presidente Michel Temer está planejamento uma ampla reforma da previdência social. Se você tem menos de 60 anos terá de obedecer às novas regras e será diretamente afetado. A aposentadoria pública, no entanto, nunca deve ser sua primeira opção. E muito menos a melhor delas…”. “A enganação é uma marca registrada do governo golpista, cuja missão é o desmonte do Estado e da entrega da previdência aos bancos privados”, aponta Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência.

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