A Reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno ontem no Senado Federal, é um verdadeiro ataque aos direitos da classe trabalhadora. O projeto, além de não combater privilégios, é um ajuste fiscal disfarçado de reforma, que diminui a renda dos mais pobres, dificulta o acesso à aposentadoria e aprofunda desigualdades sociais.
Por isso, nossa bancada votou contra a matéria. Não somos contra reformar o sistema previdenciário, mas não aceitamos que essa mudança seja feita com base na retirada de direitos de trabalhadoras e trabalhadores.
Isso sem falar que o governo usou dados falsos, além de fazer terrorismo econômico, para justificar a aprovação da reforma. Nós conseguimos, com muita articulação, manter no projeto o pagamento do abono salarial para trabalhadoras e trabalhadores que recebem até dois salários mínimos.
O governo Bolsonaro queria limitar o pagamento do benefício a quem ganha mensalmente até R$ 1.364,43. Caso a proposta tivesse sido aprovada, 12,3 milhões de trabalhadoras e trabalhadores perderiam o direito ao abono.