Debate

Regina Sousa debate mulheres na política em Porto Alegre

Senadora participa do Fórum dos Grandes Debates da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
Regina Sousa debate mulheres na política em Porto Alegre

Foto: Alessandro Dantas

A senadora Regina Sousa (PT-PI) está entre as três parlamentares escolhidas pela Assembleia Legislativa de Porto Alegre (RS) para abrir a primeira edição deste ano do Fórum dos Grandes Debates. Em debate,  Os desafios nos espaços da política. Além da parlamentar piauiense, estarão presentes a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e a senadora uruguaia Constanza Moreira, da Frente Ampla. O debate acontece nesta segunda-feira (22), às 18h30, no Teatro Dante Barone.

O Fórum dos Grandes Debates pretende apresentar visões diferentes sobre o poder. Também estarão em discussão as mulheres e os eixos de empoderamento que passam pela política e a violência contra a mulher.

Vale lembrar que  a própria Assembleia Legislativa de Porto Alegre somente no ano passado teve sua primeira mulher na presidência. Portanto, “promover o empoderamento implica mudanças no dia a dia da sociedade e que afetam diretamente a vida e o direito das mulheres”, destaca  o presidente da Casa, Edegar Pretto (PT).

Mulheres no Poder

A senadora Regina Sousa, do PT, acumula a vivência sindical desde os 28 anos. De origem rural e vinculada às trabalhadoras quebradeiras de coco, aos 64 anos cumpre o primeiro mandato no Senado Federal, depois de exercer o cargo de secretária de Administração do Piauí, durante os dois mandatos do governador petista Wellington Dias (2003 a 2010). Fundadora do Partido dos Trabalhadores, presidiu o partido e, em 2010, foi eleita suplente do senador Wellington Dias. Assumiu o mandato no Senado em janeiro de 2015, quando Wellington afastou-se para governar o Piauí. Na década de 80, Regina organizou a Central Única dos Trabalhadores no Estado e participou da direção nacional da CUT. É funcionária aposentada do Banco do Brasil e formada em Letras pela Universidade Federal do Piauí.

Aos 54 anos, a uruguaia Constanza Moreira cumpre, desde 2010, o mandato de senadora pelo agrupamento político de esquerda Frente Ampla. Ela foi a primeira mulher do vizinho país a disputar pré-candidatura à presidência da República com apoio de forças políticas da esquerda uruguaia, disposta a aprofundar as mudanças praticadas no país pela Frente Ampla, há 15 anos no poder. A doutora em Ciências Políticas participou, no ano passado, da disputa interna com o médico Tabaré Vásquez, presidente do primeiro ciclo de poder da frente política, em 2005, e eleito o sucessor de José Mujica em 2016. No Uruguai, os presidentes cumprem mandato de cinco anos e é vedada a reeleição. Constanza Moreira nasceu em Montevidéo, estudou Letras e Filosofia na Universidade da República, e Sociologia no Centro Latinoamericano de Economia Humana (CLAEH). É doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro e foi a primeira mulher a dirigir o Instituto de Ciência Política da Universidade da República. É autora de três livros e publica artigos acadêmicos em livros e revistas. Esteve presente nos meios de comunicação do Uruguai como analista política desde 1998. Sempre foi vinculada à militância política, mas somente em 2007, por indicação de José Mujica, disputou a presidência da Frente Ampla e, depois, foi eleita senadora.

Militante parlamentar desde 1987, quando foi eleita deputada para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jandira Feghali, 57 anos, acumula seis mandatos, cinco deles como deputada federal pelo Rio de Janeiro. Médica cardiopediatra, construiu na luta estudantil e sindical o vínculo político com o PCdoB ainda na clandestinidade do regime militar. Dirigente da associação de médicos residentes e dos médicos do Rio de Janeiro, Jandira assumiu o primeiro mandato federal em 1991 e foi reeleita três vezes consecutivas até 2007. Foi secretária do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói e disputou duas vezes a Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008 e 2016. Retornou à Câmara Federal em 2011 e foi reeleita em 2014. Deputada constituinte em 1988, Feghali deu voto favorável, em 1992, como relatora da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, ao substitutivo que facultava à mulher o direito de fazer aborto até o terceiro mês de gravidez. O substitutivo, porém, não foi aprovado. Defende o Sistema Único de Saúde (SUS), a luta dos profissionais da saúde pública e relatou projetos instituindo piso salarial, jornada e condições de trabalho para enfermeiros e técnicos auxiliares de enfermagem. Participa dos movimentos nacionalistas que defendem a soberania nacional e a manutenção do patrimônio público, como a Petrobras.

Com informações da Assembleia Legislativa de Porto Alegre.

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