Regina pede mais fiscalização ambiental para preservar acesso à água

“É preciso refletir sobre o significado da água em nossas vidas durante todos os dias do ano, tomando atitudes que colaborem para a preservação desse bem natural tão precioso”A senadora Regina Sousa (PT-PI) defendeu, em pronunciamento ao plenário nesta quinta-feira (25), a ampliação de mecanismos de fiscalização aos crimes ambientais que ameacem o abastecimento de água e assegurem o cumprimento da “excelente legislação” já aprovada em câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional para a proteção dos recursos hídricos. Ela manifestou sua expectativa de que a recém-criada comissão temporária do Senado para tratar da crise hídrica tenha entre os resultados propostas com esse teor.

“Precisamos formular soluções que levem à mitigação dos problemas causados pelas mudanças climáticas, que coloquem um ponto final no desmatamento desenfreado e que denunciem o desperdício de água, perpetrado pela indústria e pelo agronegócio”, defendeu. Ela também destacou a importância de campanhas que conscientizem a população sobre as consequências do mau uso da água.

Lembrando a passagem do Dia da Água, celebrado no último dia 22, Regina destacou que não basta tratar do tema apenas em uma data comemorativa. “É preciso refletir sobre o significado da água em nossas vidas durante todos os dias do ano, tomando atitudes que colaborem para a preservação desse bem natural tão precioso”. Além de atitudes simples de combate ao desperdício, mudanças de postura ao alcance de cada cidadão, a senadora enfatiza a necessidade de políticas públicas que assegurem a disponibilidade do bem para toda a população.

“A gente fala tanto em crise, em crise política, em crise econômica, que tem sido a tônica desta Casa, mas há a crise da água, e precisamos tratar dela com a mesma atenção”, resumiu. Para ela, mais importante que fazer crítica e responsabilizar o governo, cabe a todos uma mudança radical de comportamento em relação ao uso da água. “Precisamos de um novo padrão cultural, que só se firmará pela educação”, pontuou.

A água potável e o saneamento básico constituem um direito humano essencial, conforme definido pela Organização das Nações Unidas. Relatório da instituição divulgado recentemente, cujos dados foram coletados em 2014, aponta a necessidade urgente de uma mudança radical do uso, do gerenciamento e do compartilhamento da água. “Caso isso não ocorra, em 2030 o mundo enfrentará algo em tomo de 40% de déficit de água”, citou Regina Sousa. Segundo a ONU, o consumo de água, na última década, cresceu duas vezes mais que a população e 10% dos aquíferos do planeta são explorados acima de suas capacidades.

“E o pior é que grande parte das fontes de água, que são os rios, os lagos e as represas, está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória das pessoas. Essa situação suscitou uma legítima preocupação dos dirigentes mundiais, pois, atualmente, já falta água para o consumo de grande parte da população”, alertou. 

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