Foto: Alessandro Dantas
Giselle Chassot
16 de dezembro de 2016/ 11h26
A Constituição é clara: o recesso do Congresso Nacional começa no dia 22 de dezembro. Os parlamentares saírem de Brasília antes disso é normal. Também é costume não haver sessões nas sextas-feiras. O que não é normal é o presidente do Senado impedir a realização de sessões para debates ainda que haja parlamentares na Casa suficientes para abrir a sessão.
Nesta sexta-feira (13), as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Regina Sousa (PT-PI) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) vieram ao Senado dispostas a denunciar a crueldade do pacote econômico lançado nesta quinta-feira (15). Encontraram portas fechadas, plenário vazio e o aviso de que não haveria sessão. “Renan fechou o Senado antes de começar o recesso”, protestaram, denunciando a decisão monocrática, unilateral e inconstitucional do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL)
“Fomos proibidas de falar”, denunciou Gleisi. “Amanhecemos empacotadas”, emendou Regina.” Um presidente não pode agir assim numa democracia”, insistiu Vanessa “É muito medo do debate”, concluíram.
Elas resistiram. Em vez de TV Senado, usaram a transmissão ao vivo das redes sociais e fizeram uma sessão que é a cara dos novos tempos: com um telefone celular, falaram da Mesa do Senado via internet.
MULTIMÍDIA
Vídeo: Senadores denunciam que foram impedidas de falar em plenário