Dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE comprovam que a queda na renda dos brasileiros é generalizada e afeta praticamente todas as classes sociais. Mas a situação é extremamente mais dramática para os mais pobres.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o rendimento médio dos brasileiros caiu de R$ 2.386, em 2020, para R$ 2.265, em 2021. A queda de 5,1% é a maior já registrada de um ano para outro desde que o levantamento começou a ser feito, em 2012.
Com isso, no governo Bolsonaro, a perda de renda dos brasileiros já chega a 8,3%, após cair de R$ 2.472, em 2018, para os atuais R$ 2.265. Vale registrar que, entre 2012 e 2014, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, a renda média dos brasileiros cresceu de R$ 2.369 para R$ 2.484 (em valores já ajustados à inflação do período). Trata-se, portanto, de um aumento real de 4,8%.
Renda das famílias mais pobres despencou 33,9%
É possível constatar que os brasileiros mais pobres estão completamente abandonados quando se olha para a renda per capta das famílias, que é tudo que uma família ganha dividido pelo número de integrantes.
Entre 2020 e 2021, os 5% mais pobres viram a renda per capta familiar desabar 33,9%. Já os 5% com a segunda menor renda tiveram perda de 31,8%.
No lado oposto da tabela, os mais ricos tiveram perdas bem menores. O 1% mais rico viu a renda per capta familiar cair 6,4%. E os 5% com a segunda maior renda tiveram redução de 3,4%.