Os bons resultados da economia brasileira também já estão aparecendo no campo. E eles aparecem em velocidade ainda maior do que na população como um todo. É um efeito direto dos programas sociais- como o Bolsa Família e do aumento da aposentadoria rural (que cresceu por conta do reajuste real do salário mínimo). Os dados sobre a expansão classe média rural brasileira estão no livro “Superação da Pobreza e a Nova Classe Média no Campo”, de Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com o trabalho, entre 2003 e 2009, o número de habitantes do Brasil rural passou de 5,3 milhões para 9 milhões, ou seja, 3,7 milhões a mais, o que representa um aumento de 70% no período. A classe C, que representava apenas 13,6% da população rural do país em 1992, passou para 20,6% em 2003 e alcançou 35,4% em 2009. No País como um todo, a participação da classe C no total da população cresceu de forma mais lenta, passando de 32,5% em 1992 para 37,6% em 2003 e 50,5% em 2009.
A influência das transferências de renda, especialmente do Bolsa Família, e da aposentadoria na elevação da renda domiciliar rural no Brasil fez com que a participação dos rendimentos do trabalho na renda domiciliar per capita no campo brasileiro passasse de 81,33% em 1992 para 66,55% em 2009.
O livro revela que, em 2009, seriam necessários R$ 500 milhões por mês para acabar com a miséria no campo brasileiro, o equivalente a R$ 19,43 por pessoa. De acordo com Neri, para cada dez moradores do campo em 1992, seis viviam abaixo da linha da pobreza. Dos 22 milhões de brasileiros que deixaram a condição de miseráveis de
Com informações do Ipea e das agências de notícias