A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou, nesta quarta-feira (16), o protocolo de adesão da Bolívia ao bloco. A proposta foi relatada pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que apresentou parecer pela aprovação da matéria. “A entrada da Bolívia no Mercosul é um passo relevante na consolidação do processo de integração sul-americana”, defendeu a relatora.
Para a economia brasileira, a Bolívia já representa um mercado importante e essa relação tende a se intensificar com a adesão do país andino ao Mercosul, já que dentro do bloco se praticam regras de comércio mais favoráveis. Mais de 90% das exportações do Brasil para a Bolívia, são de bens industriais. Na outra ponta, a Bolívia já é o nosso maior fornecedor de gás natural Brasil, além de nos fornecer lítio, elemento essencial para a produção de baterias. A maior fronteira seca do território brasileiro é com a Bolívia.
“Tenho certeza de que a integração de mais esse país representará mais prosperidade e crescimento econômico não só para o Brasil, mas para os demais países do Mercosul”, celebrou Fátima Bezerra. Fátima lembrou ainda que a maior fronteira seca do Brasil é com a Bolívia.
Com a adesão da Bolívia, o Mercosul torna-se um bloco com 300 milhões de habitantes, distribuídos em uma área de 13,8 milhões de quilômetros quadrados e com um produto interno bruto (PIB) calculado em 3,5 trilhões de dólares. A proposta de inclusão já foi aprovada pela Argentina, Uruguai e Paraguai e só está faltando, portanto, a autorização do Brasil para o país integrar o Mercosul.
A mensagem 234/2016 ainda será examinada pela Câmara e pelo Senado. Segundo o protocolo, a Bolívia terá quatro anos, a partir da data de vigência do acordo, para adotar a Nomenclatura Comum do Mercosul, a Tarifa Externa Comum e o Regime de Origem do Mercosul.
Com informações da assessoria da senadora Fátima Bezerra